Após vitória contra Venezuela, Dunga dá nota 8,5 para Seleção Brasileira
Treinador ficou irritado com a deficiência na finalização das jogadas criadas
atualizado
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Dois jogos, uma vitória em casa, uma derrota fora e muito por fazer. O saldo da Seleção Brasileira neste início de Eliminatórias não é dos mais altos, considerando-se que a equipe não conseguiu se impor a um adversário mais forte e motivado – o Chile – e não fez mais do que a obrigação contra um dos rivais mais fracos da disputa – a Venezuela. E uma das deficiências demonstradas nesses dois jogos que mais irritou o técnico Dunga foi na conclusão das jogadas. Criar chances de gol, o Brasil até criou tanto contra chilenos como contra os venezuelanos. Mas teve desempenho sofrível no momento de colocar a bola na rede.
Dunga está inconformado com os contra-ataques desperdiçados contra o campeão da Copa América até agora. Tanto que na noite de terça-feira, ao falar sobre a vitória em cima da Venezuela, lembrou do tema. “Jogamos contra o Chile, tivemos seis contra-ataques para matar o jogo e não fomos eficientes”, recordou.No jogo com os venezuelanos, apesar dos três gols, as oportunidades desperdiçadas também incomodaram Dunga. A ponto de o treinador ter diminuído a nota que deu à seleção justamente por causa dos gols perdidos. “Eu sou exigente. Se a gente tivesse feito a metade dos gols eu ia dar um 9. Mas como não conseguiu, eu dou 8,5”, justificou.
Conclusão de jogadas, com bola rolando e também parada, foi um dos aspectos mais enfatizados por Dunga nos treinos em Fortaleza que precederam a partida contra a Venezuela. E tudo indica que será um dos pontos de maior atenção da comissão técnica durante o próximo período de reunião da seleção, em novembro, para os jogos com a Argentina em Buenos Aires e Peru em Salvador.
Dunga também viu coisas boas na seleção, sobretudo na partida contra os venezuelanos. “O mais bonito foram as jogadas trabalhadas, com qualidade técnica”, analisou. Ele também considerou como ponto positivo a compactação da equipe, o toque de bola em alguns momentos e o fato de alguns jogadores terem “arriscado o drible”.
Altos e baixos
Alguns jogadores subiram no conceito do treinador nessas duas partidas. Outros, evidentemente, caíram. O caso mais notório de queda foi do meia Oscar, prestigiado por Dunga, mas que foi mal tanto contra o Chile como contra a Venezuela.
Em compensação, Lucas Lima ganhou espaço e deve ganhar também a posição de titular contra a Argentina e o Peru. “Está dando sequência ao bom trabalho em seu clube. Mostrando a mesma maturidade na seleção”, elogiou Dunga.
O goleiro Alisson também impressionou a comissão técnica, sobretudo o treinador de goleiros Taffarel, pelo desempenho nos treinos e também no jogo contra a Venezuela. Jefferson, ao contrário, caiu em desgraça. Vem mal desde a Copa América e, contra o Chile, só não foi barrado porque Marcelo Grohe se machucou e Dunga achou arriscado demais promover a estreia do jovem goleiro do Internacional (23 anos) no jogo em Santiago.
Marquinhos também ganhou pontos com o treinador e não será surpresa se for titular contra a Argentina, mesmo com David Luiz tendo condição de jogo. O mesmo ocorre com Filipe Luís na lateral esquerda.
Já Ricardo Oliveira agradou a Dunga, mas pode voltar para o banco contra os argentinos. O treinador deixou claro que não sabe se manterá um centroavante típico contra o principal adversário do continente. Hulk tem chance de voltar a ser titular.