Após ser acusado de racismo, Brusque emite nota culpando a vítima
Jogador do Londrina afirma ter sido chamado de “macaco” na partida entre os dois clubes
atualizado
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O empate sem gols entre Londrina e Brusque foi marcado por um episódio de injúria de racial. Após o jogo, o meia Celsinho, do clube paranaense, relatou que foi chamado de “macaco” por um integrante da comissão técnica do Quadricolor.
O caso aconteceu neste sábado. Ao final do jogo, válido pela 21ª rodada da série B, o meia do Londrina reclamou com o juiz da partida sobre as ofensas que vinham das arquibancadas. O atleta chegou a apontar para uma pessoa e o árbitro registrou as agressões verbais na súmula. Os gritos de “vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha” foram anotados por Fábio Augusto Santos Sá Junior. Além disso, ele teria sido chamado de “macaco”.
Na noite de hoje, o Brusque se posicionou sobre o episódio e acusou Celsinho de querer tirar proveito da situação. Confira a nota do clube catarinense ao final da matéria. A página do comunicado já se encontra fora do ar e a publicação no Twitter não pode receber comentários.
Ao final da partida, Celsinho informou que irá tomar as devidas medidas jurídicas. “De fato aconteceu [de ser chamado de macaco]. Não sei se ele faz parte da comissão técnica, da diretoria, um senhor de vermelho no camarote. Também não entendo porque tem tantas pessoas assim em um protocolo que não estão liberados os jogos para os torcedores. É lamentável. Uma equipe de porte médio baixo recém-promovida à Série B do Campeonato Brasileiro estar cometendo um ato desses é inadmissível, mas as providências serão tomadas”, reclamou.
Confira a nota do Brusque na íntegra
“O atleta Celso Honorato Júnior, reserva do Londrina E.C., relatou à imprensa que teria sido chamado de “macaco” por membros da Diretoria do Brusque F.C., durante o jogo realizado ontem (28/08).
O Brusque F.C., sua torcida, diretoria, comissão técnica e patrocinadores sempre foram, ao longo da sua história, absolutamente respeitosos com relação a todos os princípios que regem as relações desportivas e humanas. Jamais permitiríamos qualquer atitude de conotação racista em nosso Clube, que condena veementemente qualquer pensamento ou prática nesse sentido.
O atleta, por sua vez, é conhecido por se envolver neste tipo de episódio. Esta é pelo menos a 3a vez, somente este ano, que alega ter sido alvo de racismo, caracterizando verdadeira “perseguição” ao mesmo. Importante esclarecer que, ao árbitro, o atleta não relatou ter sido chamado de “macaco”, mas sim que teriam dito “vai cortar esse cabelo de cachopa de abelha”, o que constou da súmula e revela a total contradição nos seus relatos.
O Brusque F.C. reitera que nenhum de seus diretores praticou qualquer ato de racismo e tomará todas as medidas cabíveis para a responsabilização do atleta pela falsa imputação de um crime. Racismo é algo grave e não pode ser tratado como um artificio esportivo, nem, tampouco, com oportunismo.
A Diretoria.”
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