Após queda de Vadão, atletas pedem trabalho de longo prazo na Seleção
Vadão assumiu em 2017, no lugar de Emily Lima. Foi campeão sul-americano, mas acumulou sequência de nove derrotas seguidas
atualizado
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As jogadoras que participaram do Mundial, na França, evitaram comentar diretamente a demissão do técnico Vadão do comando da Seleção Brasileira. Mas elas pedem a realização de trabalho de longo prazo, independentemente da escolha de um treinador ou treinadora para o cargo. A saída do técnico que levou a equipe às oitavas de final da competição foi confirmada na última segunda-feira (22/07/2019) pela CBF.
“Não cabe aos atletas comentar a saída do treinador. Essa é uma decisão da CBF. Nós somos jogadoras”, disse a atacante Cristiane, do São Paulo. “Foi muito rápido para nós. Acredito que a CBF tomou a decisão e cabe a nós fazer o nosso trabalho”, afirmou a zagueira Érika, do Corinthians. “Seria importante pensar a longo prazo, não só na próxima Copa, mas um trabalho mais longo”, completou a defensora.
Para Aline Pellegrino, diretora de futebol feminino da Federação Paulista de Futebol, a decisão mais importante neste momento é a criação de um projeto de longo prazo, independentemente da escolha de um treinador ou uma treinadora. “Um ciclo se encerra, mas não porque perdeu ou ganhou, mas porque encerramos uma Copa. É um ótimo momento para apresentar um projeto. Independe de ser homem e mulher”, afirma Aline.
Vadão estava em sua segunda passagem pela seleção. Ele assumiu em 2017, no lugar de Emily Lima, foi campeão sul-americano, mas acumulou sequência de nove derrotas seguidas. No Mundial, o time caiu nas oitavas de final.
As declarações das atletas e da dirigente foram dadas na tarde desta terça-feira, na sede da Federação Paulista de Futebol, durante uma homenagem às atletas dos clubes paulistas convocadas para o Mundial da França, encerrado no início deste mês.
Participaram do evento a atacante são-paulina Cristiane; Letícia, Mônica e Tamires, do Corinthians; Poliana, do São José; a argentina Sole James e a chilena Claudia Soto, do Santos. As corintianas Érika e Adriana, que foram cortadas por lesão, também foram homenageadas.
Além da homenagem, o encontro marcou o lançamento da segunda fase do Campeonato Paulista Feminino, competição mais longeva e tradicional do calendário brasileiro. São Paulo Ferroviária, Ponte Preta, Palmeiras, Corinthians, Santos, São José e Juventus vão se enfrentar na fase decisiva, a partir de 31 de julho.