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Após ameaça e racismo, Atlético e Real fazem o clássico de Madrid

O clima hostil entre as duas equipes teve um aumento significativo após as declarações de Koke e do racismo sofrido por Vini Jr.

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Rubén de la Fuente Pérez/NurPhoto via Getty Images e Pedro Salado/Quality Sport Images/Getty Images
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1 de 1 classico-madrid - Foto: Rubén de la Fuente Pérez/NurPhoto via Getty Images e Pedro Salado/Quality Sport Images/Getty Images

Os clássicos entre Atlético de Madrid e Real Madrid são tensos desde que passaram a ser disputados, já que as duas equipes disputam a soberania da capital da Espanha. No entanto, a partida deste domingo (18/9), válida pela 6ª rodada do Campeonato Espanhol, promete ter uma voltagem acima do habitual.

As tensões tiveram início com as declarações do volante colchonero Koke. Ele afirmou em entrevista que uma possível comemoração de Vinícius Júnior com dança, forma tradicional do brasileiro celebrar seus gols, poderia causar confusões.

A fala do jogador é desdobramento de uma polêmica que surgiu na rodada anterior, durante a goleada do Real sobre o Mallorca por 4 x 1. Vini foi alvo de muitas faltas e entradas duras dos seus adversários ao longo dos 90 minutos. Parte do comportamento dos jogadores do Mallorca é reflexo da instrução do treinador Javier Aguirre, que incentivou os atletas a pararem o brasileiro com falta.

Não bastasse o tom de “ameaça” imposto por Koke, a história acabou ganhando contornos tristes após a declaração de Pedro Bravo, presidente da Associação de Agentes da Espanha, durante o programa El Chiringuito, um dos mais famosos da Espanha.

Ao concordar com a  possibilidade de uma confusão citada pelo jogador do Atleti, Pedro fez um comentário racista sobre Vinícius. “Você (Vinicius) tem que respeitar o rival. Quer dançar, vá ao sambódromo, no Brasil. Aqui tem que respeitar os companheiros e deixar de fazer o macaquices”, afirmou.

Repercussão

A fala reverberou pelo mundo. O jogador brasileiro recebeu apoio de diversos jogadores, além de diferentes clubes, que o incentivaram a continuar dançando. Na sexta (16/9), Vinicius comentou o acontecido e deu um recado claro a Pedro e a todos os outros que o criticam.

“Para combater racistas e xenofóbicos. Sempre tento ser um exemplo de profissional e cidadão. Mas isso não dá clique, não engaja em rede social. Então os covardes inventam algum problema para me atacar. E o roteiro sempre termina com um pedido de desculpa. Ou um ‘fui mal interpretado’. Mas repito para você, racista: eu não vou parar de bailar. Seja no sambódromo, no Bernabéu ou onde eu quiser”, respondeu.

Vale lembrar que alguns dos principais jogadores do plantel madridista são negros: Rüdiger, Alaba, Éder Militão, Mendy, Rodrygo e o próprio Vini. Se essas falas entrarão em campo e ditarão o comportamento dos jogadores das duas equipes, somente com a bola rolando para saber.

Mas não é preciso muito para ter noção de que esse é um clássico de Madrid com uma voltagem acima do normal.

Situações no campeonato

As situações dos dois rivais neste Campeonato Espanhol são bem diferentes. O Atlético é apenas o 7º na classificação com 10 pontos somados. Bem diferente do Real, que em cinco compromissos, venceu os cinco. O time merengue perdeu a liderança para o Barcelona nesse sábado, mas pode retomar a ponta em caso de vitória sobre o rival.

 

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