Anvisa autua Independiente por descumprir protocolo na Bahia
O Independiente voou para a capital da Bahia no final da noite da última segunda-feira (3/5), mas 11 membros da equipe testaram positivo
atualizado
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter autuado todos os 36 integrantes da delegação do Independiente, da Argentina, após deixarem o isolamento do hotel para disputar uma partida da Copa Sul-Americana contra o Bahia, em Salvador, na última terça-feira (4/5).
O Independiente voou para a capital da Bahia no final da noite da última segunda-feira (3/5), mas 11 membros da equipe testaram positivo para o novo coronavírus. Os 11 voltaram para casa e os outros membros da delegação foram instruídos a permanecerem em isolamento e deixarem o Brasil no prazo de três dias.
No entanto, a Anvisa disse que a equipe argentina ignorou a orientação e foi ao estádio de Pituaçu, em Salvador, para disputar a partida pela fase de grupos da Copa Sul-Americana. O jogo terminou em empate por 2 x 2.
A Anvisa informou que, quando soube que o jogo estava acontecendo, pediu à Polícia Federal para se encontrar com servidores da agência no local, mas a polícia não apareceu e então os fiscais foram ao aeroporto para autuar os membros da delegação do Independiente antes que eles voassem de volta para Buenos Aires.
“Os autuados estão sujeitos a penas como multas a partir de R$ 2 mil. Todos foram notificados do prazo de 15 dias para apresentar a defesa, se assim desejarem”, disse a Anvisa em nota. “Além do processo sanitário, os autuados responderão na esfera penal, de acordo com o termo lavrado pela Polícia Federal, pelos crimes contra a saúde pública. A equipe assumiu o compromisso de prestar esclarecimentos à Justiça brasileira em data que ainda será definida pelo juiz competente”, completou.
O Independiente não fez comentários sobre as acusações, mas ficou decepcionado com o tratamento dado pelas autoridades brasileiras. “É incrível o que aconteceu. O Independiente fez tudo o que nos foi pedido”, disse o zagueiro Juan Manuel Insaurralde. “Não encontramos explicação para os maus-tratos que recebemos no Brasil”, concluiu.