Antes da eleição, Cruzeiro confirma dívida de R$ 803 milhões
O déficit do clube no ano passado foi de R$ 394.100.974. O resultado negativo de 2018, após revisão do balanço, havia sido de R$ 73 milhões
atualizado
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Antes de eleger o seu novo presidente nesta quinta (21/05), o Cruzeiro divulgou o balanço financeiro de 2019, último da gestão de Wagner Pires de Sá, que renunciou ao cargo pouco depois do rebaixamento da equipe à Série B do Campeonato Brasileiro. E o déficit do clube no ano passado foi de R$ 394.100.974. O resultado negativo de 2018, após revisão do balanço, havia sido de R$ 73 milhões.
O impressionante prejuízo elevou a dívida do Cruzeiro para R$ 803.486.208, de acordo com o documento. O passivo circulante do clube, as dívidas que precisam ser pagas em um ano, é de R$ 682 034.508, com R$ 207.269.643 sendo não circulantes. A equipe, porém, tem R$ 72.560.830 em receita a apropriar circulante, R$ 12.608.455 em receitas futuras, e R$ 648.658 em caixa e equivalentes.
O Cruzeiro apresentou queda nas suas receitas, em 2019, para R$ 280.799.767, contra os R$ 329.118.994 do exercício anterior. Desse montante, conseguiu R$ 108 milhões com a negociação de direitos econômicos de atletas. Entre as suas principais fontes de renda, essa foi a única aumentar no ano passado.
O clube também arrecadou R$ 105,7 milhões com os direitos de transmissão, mas apenas R$ 18 milhões com patrocinadores e R$ 18,3 milhões com a bilheteria dos seus jogos. E obteve R$ 14,1 milhões com o seu programa de sócio-torcedor.
Em seus gastos, o Cruzeiro aponta despesas operacionais de R$ 71 690.833, um aumento de R$ 29,3 milhões em relação ao ano anterior. Para isso, pesou o aumento dos gastos administrativos, que foram de R$ 47.053.028, quase R$ 24 milhões a mais do que 2018. O Cruzeiro gastou R$ 62.612.015 em obrigações trabalhistas, incluindo salários – R$ 50,4 milhões -, mais do que o dobro no comparativo ao ano anterior.