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“Animalzinho”, filho do ex-atacante Edmundo, jogará pelo Figueirense

Juninho desembarcou na capital catarinense há dois meses e se prepara para disputar a Copa Santa Catarina. Ao contrário do pai, é bem calmo

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1 de 1 Edmundo-Jr - Foto: Reprodução/Instagram

Depois de passar uma temporada de dois anos de treinos em Portugal, um dos filhos do ex-craque e atual comentarista da FOX Sports, Edmundo, conta nos dedos os dias para estrear no futebol brasileiro. Contratado pelo Figueirense, Juninho, de 20 anos, será anunciado oficialmente nos próximos dias e vai disputar a Copa Santa Catarina, com a equipe sub-23, mas já de olho no time principal. A primeira partida da competição está marcada para o dia 9 de setembro, em Florianópolis.

Edmundo Júnior desembarcou na capital catarinense sem alarde há dois meses. Vizinho do estádio Orlando Scarpelli, participa regularmente dos treinos com a equipe sub-23, arrisca uma ou outra partida de futevôlei na orla da Beira-Mar de Florianópolis e só. Diz estar focado no futebol. “Meu pai até falou que a cidade é maravilhosa, mas que é para eu me cuidar, senão acabo perdendo o foco. Fui muito bem recebido aqui na cidade, o clima é bom”, disse o garoto.

O pai passou pelo Figueirense em 2005, quando foi destaque da campanha que livrou o time do rebaixamento, e, em junho deste ano retornou ao clube, desta vez para fechar parceria para a nova campanha de marketing. Da negociação surgiu a proposta e Juninho foi apresentado. Segundo o empresário Bruno Araujo, não houve negociação com outra equipe no Brasil. “Ele estava fora do País e não tinha muita expectativa para voltar agora. Eu o trouxe para uma avaliação e ele ficou”, conta.

Em Portugal, Edmundo Jr. treinou no Quarteirense e no Perafita, neste último chegou a atuar pelo time profissional, na chamada divisão de honra. Antes de partir para o Velho Continente, o meia trabalhou nas categorias de base do Audax Rio, mas sem muitas expectativas em se tornar profissional.

“Estava bastante desanimado aqui no Brasil. Passar esse tempo treinando em Portugal me ajudou bastante, principalmente na questão da confiança. Queria jogar no Brasil e voltar agora foi uma questão de oportunidade”, garante o atleta, que foi negociado com o Figueirense sem custos pela transação.

E não esconde a vontade de se destacar na equipe e ascender. “Eu já treinei umas duas vezes com o time profissional e claro que eu quero estar na equipe principal”, disse. A oportunidade será a Copa Santa Catarina, competição oficial do calendário da Federação Catarinense disputada entre times profissionais. No caso do Figueirense, que disputa a Série B do Brasileiro, a equipe que entra em campo no torneio é majoritariamente formada por atletas do sub-23.

Questionado sobre o momento que o Figueirense vive, principalmente fora de campo com atraso de salários e uma crise com a empresa que administra o clube, ele diz que tenta não deixar isso atrapalhar seus planos: “É uma situação que acaba afetando todo mundo, mas o que percebo é que o grupo está fechado e unido. Eu estou focado e tento não deixar isso me afetar”.

Na semana passada, o Figueirense perdeu duas partidas por W.O. por conta da recusa dos atletas para entrar em campo. Uma na Série B do Brasileirão contra o Goiás e outra no Campeonato Brasileiro de Aspirantes (sub-23), contra o Santos.

Sobre a relação com o pai, ele diz que é inevitável uma associação direta ou até mesmo uma expectativa maior dentro de campo. “Nossa relação era bem difícil, mas melhorou bastante. Nos falamos direto por mensagens. Cresci vendo ele jogar, ao vivo ou em vídeos, e é claro que ele é uma inspiração pra mim”, afirma.

No entanto, diz que o pai, às vezes, pega no pé. “Principalmente quando jogamos bola juntos, ele fica falando muito e às vezes chega a ser chato com isso”, conta. A última vez que se viram pessoalmente foi no Dia dos Pais. “Quero poder ir mais ao Rio”, completou.

De fala mansa e semblante calmo, Juninho, na verdade, queria ser menos comparado ao pai e diz que dentro de campo “ser filho do Edmundo nunca ajudou, pelo contrário”. O apelido Animal, dado ao pai pelo narrador Osmar Santos tanto por seu futebol habilidoso como pelo temperamento forte e indisciplinado, parece um traço que Juninho, por hora, prefere manter distância.

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