Alex Morgan critica patrocínio da Arábia Saudita em Mundial: “Bizarro”
Atacante da seleção dos Estados Unidos, Alex Morgan afirmou que a Arábia Saudita deveria investir na seleção feminina do país
atualizado
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Alex Morgan, atacante da seleção dos Estados Unidos, se pronunciou sobre a possibilidade de uma autoridade turística da Arábia Saudita ser a nova patrocinadora da Copa do Mundo de 2023, que acontece na Austrália e Nova Zelândia a partir de julho.
“Eu acho bizarro que a Fifa tenha um patrocínio da Visite a Arábia Saudita para a Copa do Mundo feminina quando eu, Alex Morgan, não seria apoiada nem aceita naquele país. Eu não compreendo. Praticamente todo mundo tem se posicionado contra porque, moralmente, isso não faz sentido”, disse ela.
A atleta ainda afirmou que o país árabe deveria “apoiar seu time feminino, que foi criado há dois anos e nem aparece no ranking da Fifa por conta dos poucos jogos que participou. Esse seria meu conselho para eles”. Morgan ainda mandou um recado para a maior entidade do futebol: “Eu realmente espero que a Fifa faça a coisa certa”.
De acordo com fontes próximas à Fifa, o valor do patrocínio, que ainda não foi revelado, seria reinvestido no futebol feminino. A Federação de Futebol dos Estados Unidos também se pronunciou sobre o caso.
“Apoiamos firmemente os direitos humanos e a equidade e acreditamos no impacto que a nossa modalidade pode causar. Apesar de não podermos controlar o modo como outras organizações selecionam os patrocinadores dos torneios nos quais vamos participar, podemos manifestar as nossas preocupações a apoiamos as nossas atletas”, disseram, por meio de nota enviada ao The Athletic.
A Copa do Mundo feminina acontece entre os dias 20 de julho e 19 de agosto e contará com 32 seleções divididas em oito grupos. O Brasil ficou no Grupo F, ao lado de França, Jamais e mais uma equipe que se classificará na repescagem que acontece em fevereiro.
O patrocínio da Arábia Saudita
A entidade Visite a Arábia deve se juntar ao grupo de patrocinadores para o Mundial feminino deste ano. A informação, entretanto, não agradou as federações de futebol dos países que recebem o evento, de acordo com o jornal inglês The Guardian.
A Federação de Futebol da Austrália e a Federação de Futebol da Nova Zelândia aguardam a Fifa confirmar a informação, mas se demonstraram incomodados.
“Estamos muito decepcionados que a FA [Federação da Austrália] não tenha sido consultada sobre este assunto antes de se tomar qualquer decisão”, escreveram. A entidade neozelandesa também se posicionou: “Se estas informações estão corretas, estamos comovidos e decepcionados de ouvir isso, já que a New Zealand Football não foi consultada pela Fifa sobre o assunto”.