Alemanha: brasileiro do Bayer dá detalhes do retorno ao trabalho
O país registra até agora 130 mil casos do novo coronavírus e cerca de 3 mil vítimas fatais
atualizado
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Wendell contou como tem sido a volta aos treinos dos principais times alemães. O país registra até agora 130 mil casos do novo coronavírus e cerca de 3 mil vítimas fatais, uma das taxas de mortalidade mais baixas do mundo. O campeonato está suspenso desde 13 de março, quando o time do lateral-esquerdo estava na quinta colocação da tabela de classificação.
“Nós estamos treinando em pequenos grupos, separados por horários. São uns quatro ou cinco jogadores de cada vez”, disse Wendell. A preocupação com o contágio continua, mesmo com o elenco já de volta ao trabalho. “Existe um cuidado com o distanciamento. O cozinheiro faz a alimentação e deixa pronta a marmita para nós na saída. O refeitório está fechado e o vestiário também. O banho a gente tem de tomar em casa. Já vamos treinar vestidos com o uniforme do clube”, explicou.
O mesmo sistema de treinos tem sido aplicado por outros times alemães, como o Bayern de Munique. A direção do campeonato local reuniu os clubes para elaborar esse planejamento. A prioridade das equipes é fazer trabalhos que não exponham aos jogadores a contatos muito próximos entre si.
No Bayer Leverkusen, os jogadores têm encontros regulares com o médico da equipe para receber orientações sobre a pandemia e serem monitorados. “Treinar assim é bem melhor do que ficar em casa. Você volta a ter contato com o futebol, vê alguns colegas. Todos nós do time gostamos muito”, disse Wendell.
Wendell afirmou que a Alemanha pretende retomar o campeonato no início de maio. A tendência é os jogos serem com os portões fechados. “Vamos ter de nos adaptar a jogar sem torcida. A Alemanha é uma das ligas com média mais alta de público. Será estranho não ter ninguém e dentro de campo ter aquele silêncio”, disse. Em Leverkusen, o jogador vive com a namorada e faz contato frequente com os familiares para saber novidades sobre o avanço da pandemia no Brasil.
Para o lateral-esquerdo, a Alemanha tem conseguido lidar melhor com o novo coronavírus por ter conseguido cumprir melhor o isolamento social. “O povo aqui respeita as ordens das autoridades. Na primeira semana as pessoas não levaram à sério a recomendação, mas depois a polícia começou a punir e o governo fez outros pedidos para ficarem em casa. Aqui tem muito infectado, mas tem um número menor de mortes porque existe um respeito e a consciência de que não se pode infectar o próximo”, explicou.