Além de Jorge Jesus, o que o Benfica de 2021 tem do Flamengo de 2019?
Desde quando voltou para Portugal, o treinador ainda não venceu títulos, mas começou a temporada atual invicto
atualizado
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Obcecado por vencer, Jorge Jesus está fazendo um trabalho irreverente no Benfica. A equipe ainda não perdeu na temporada, acumulando 11 vitórias e dois empates em 13 jogos, e fez bastante barulho ao vencer o Barcelona por 3 x 0 na Champions League. A última ocasião que o treinador chamou tanta atenção assim foi em 2019, à frente do Flamengo.
Pelo clube rubro-negro, o comandante foi campeão do Carioca, Brasileirão, Libertadores, Recopa Sul-Americana e Supercopa do Brasil, mas ainda não ergueu troféus desde que voltou à Europa. O Benfica de 2021/22, no entanto, tem algumas semelhanças com o Flamengo de 2019 e pode ser o responsável por deixar Jesus feliz novamente.
Largada otimista
Este começo de temporada está sendo o mais otimista da carreira do treinador. Nem o início com o Flamengo foi tão promissor. Quando chegou ao futebol brasileiro, Jorge Jesus conseguiu sete vitórias, quatro empates e duas derrotas nas 13 primeiras partidas disputadas — mesma quantidade que tem com o Benfica até antes do jogo deste domingo (3/10).
Os primeiros 13 jogos da campanha de 2011/12, também com o Águias, também foram interessantes, com oito vitórias e cinco empates. Naquela temporada, a invencibilidade durou 22 partidas, totalizando 14 vitórias e oito empates até a primeira derrota, e o Benfica ergueu a Taça da Liga Portuguesa no fim. Em 2021/22, o português tem 11 triunfos e dois empates.
Hoje tem gol do artilheiro de Jesus
Para ter um time ofensivo, Jorge Jesus precisa de um jogador que cheire a gol. Com o ele sob o comando, o Flamengo guardou 83 bolas na rede em 37 jogos, em 2019, e só Gabigol, o grande artilheiro do time naquele ano, foi responsável por 30 deles, e Bruno Henrique por 22.
No atual time do Benfica, Roman Yaremchuk e Darwin Nuñez cumprem as funções que eram Gabriel e Bruno. O ucraniano tem quatro gols em dez jogos, enquanto o uruguaio tem seis em sete ocasiões que entrou em campo. Curiosamente, a dupla benfiquista atua, no papel, nas mesmas posições que os brasileiros, como centroavante e ponta-esquerda.
Apesar das formações das equipes serem diferente — o Flamengo jogava no 4-2-3-1 e o Benfica atua no 3-4-2-1, ou 3-4-3 —, a maneira como Jesus usa os jogadores é bastante parecida.
O maestro, o gênio e o pitbull
Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gerson e Willian Arão cumpriam papéis importantíssimos no time de 2019, armando as jogadas, roubando bolas, dando assistências e ocasionalmente marcando gols. E, no time do Benfica, Rafa Silva, João Mário e Julian Weigl são os caras que assumem essas responsabilidades e alcançam seus objetivos com sucesso.
Paredão debaixo das traves
Apesar de ser viciado em ver a rede balançar, Jesus não esquece da meta de deixar a sua própria intocável. E, para isso, ele precisa de nomes de confiança defendendo o gol e Diego Alves era esta pessoa no Flamengo de 2019. Trabalhando com o europeu, o goleiro sofreu 30 gols em 34 jogos.
O grego Odysseas Vlachodimos tem feito ainda melhor que a encomenda. Em 13 jogos, ele foi vazado apenas cinco vezes, uma média abaixo que a do brasileiro. Diego sofria 0,88 gols por partida, enquanto o arqueiro do Benfica, sofre 0,38.
O esquadrão benfiquista encara o Portimonense neste domingo, às 14h (horário de Brasília), pela 8ª rodada do Campeonato Português, querendo a sua 8ª vitória na liga. O próximo compromisso pela Liga dos Campeões será só no dia 20, contra o Bayern de Munique, às 16h.
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