Acidente da Chape: MPF pede bloqueio de bens das empresas rés
O bloqueio de R$ 113 milhões seria usado para indenizar todas as famílias; empresas tem 15 dias para buscarem provas de sua “inocência”
atualizado
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O Ministério Público Federal solicitou um bloqueio milionário nos bens da LaMia (companhia aérea), a Bisa Seguros e a resseguradora Tokio Marine. As empresas são rés no processo que investiga o acidente aéreo envolvendo a delegação da Chapecoense em 2016.
O Ministério afirma que as provas apresentadas pelos familiares das vítimas do acidente são óbvias e que não há motivos para o não pagamento das indenizações. Nessa segunda-feira (20/6), as empresas citadas (LaMia, Bisa Seguros e a resseguradora Tokio Marine) não consideravam as acusações feitas no Brasil válidas por serem internacionais, com sede em outros países.
A principio, a justiça tem intenção de bloquear R$ 113,600 milhões. Porém, caso não consiga, o segundo plano é o bloqueio de R$ 63,7 milhões, valor que faz relação ao “Fundo de Assistência Humanitária” organizado pela Tokio Marine.
Vale lembrar que a intenção deste fundo era o pagamento das indenizações para as famílias no valor de 225 mil dólares (cerca de R$1 milhão), porém, o pagamento é condicionado as famílias que aceitarem desistirem de todas as ações judiciais abertas no Brasil ou no exterior.
Caso a justiça consiga bloquear o valor milionário, as famílias serão beneficiadas até mesmo aquelas que aceitaram o fundo da Tokio Marine. O Ministério Publico considera que, devido a gravidade dos fatos, o valor de indenização pago aos familiares foi baixo.
No dia 20/6, a justiça intimou as empresas para buscarem provas sobre a inocência no acidente. As empresas tem 15 prazo de 15 dias e a ação segue tramitando na 2ª Vara Federal de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.
O acidente aéreo om a delegação da Chapecoense matou 71 pessoas, entre jogadores, comissão técnica, diretoria, jornalistas e convidados.
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