Abel Ferreira cobra órgãos de segurança após episódios de violência
O treinador se referiu à confusão em Belo Horizonte, horas antes do clássico entre Atlético Mineiro e Cruzeiro, que resultou em um morto
atualizado
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Em meio à vitória do Palmeiras, por 2 x 0, diante do Guarani, neste domingo, no Allianz Parque, pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, o técnico Abel Ferreira tirou um tempo para condenar os atos de violência que estão cada vez mais comuns no futebol brasileiro. O treinador ainda cobrou mais responsabilidade de todos os órgãos responsáveis pela segurança a jogadores, comissão técnica e todos os envolvidos em um evento esportivo.
“Hoje entrei aqui nessa coletiva de imprensa, me disseram que tinha havido uma rixa num jogo, inclusive acho que morreu uma pessoa. É preciso morrer quantas mais? Os organismos, quer sejam os do futebol, quer sejam extra-futebol, têm que assumir, dar as caras, exercer os cargos que têm. Têm que justificar o cargo que tem. Quando eu não ganho, pedem responsabilidades. Isso é o que espero que cada pessoa em seu cargo faça, assuma responsabilidades. Pelo bem do futebol brasileiro. De todos nós. Que se junte a CBF, quem organiza estaduais, o Ministério Público, mas que se tomem medidas”, disse Abel Ferreira.
O treinador se referiu à confusão em Belo Horizonte, horas antes do clássico entre Atlético Mineiro e Cruzeiro, que resultou em duas pessoas baleadas. No último sábado, inclusive, houve conflito no trem entre membros da torcida organizada do Corinthians e a do São Paulo. Isso sem contar os casos envolvendo os ônibus das delegações de Grêmio e Bahia.
Tamanha a violência, o treinador deu a entender que pode deixar o futebol brasileiro por falta de segurança. O treinador vem sendo um dos destaques da profissão no país, tendo conquistado já quatro títulos em sua curta passagem pelo Palmeiras.
“É preciso passar à ação. Palavras, o vento leva. Isso me preocupa muito. A segurança me preocupa muito. Quando entrei aqui e vi as imagens no México e me dizem que se passa a mesma coisa no Brasil, vou ter que pensar muito bem no que quero para minha família, para mim e meus jogadores”, completou.
Por fim, Abel Ferreira exaltou a vida humana e voltou a exigir ações dos órgãos responsáveis. ” Jogadores de outros clubes e meus já falaram. Posso ser grande rival, mas tem que ter respeito pela vida humana. No futebol não vale tudo. A vida tem valor. Se vemos isso e não fazemos nada, alguma coisa vai mal. Temos que passar à ação. Estamos à espera de quê?”, finalizou o treinador.
A preocupação de Abel Ferreira se dá também pela sequência de clássicos do Palmeiras no Campeonato Paulista, jogos que aumentam o índice de violência. Os próximos compromissos do time alviverde são diante de São Paulo, Santos e Corinthians.
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