Abel explica escalação de reservas no clássico e diz: “Temos um plano”
Na avaliação do português, embora o resultado em campo tenha sido ruim, a decisão foi acertada
atualizado
Compartilhar notícia
A opção de Abel Ferreira em utilizar reservas no clássico contra o São Paulo não deu certo, já que o Palmeiras foi dominado e perdeu para o rival por 2 x 0 em casa. Mas o treinador português entende que esse era um risco que deveria correr em razão da proximidade da final da Libertadores, marcada para dia 27, em Montevidéu, no Uruguai. Na sua avaliação, embora o resultado em campo tenha sido ruim, a decisão foi acertada.
Em entrevista coletiva após o revés no Choque-Rei, Abel afirmou que elaborou um plano e que não abre mão de segui-lo. Isso inclui escalar somente Weverton e Marcos Rocha de titulares mesmo em um jogo importante, contra o rival pressionado e brigando para não entrar na zona de rebaixamento do Brasileirão.
“Me pagam para tomar decisões difíceis, sei há quanto tempo estou aqui, o que nos trouxe até aqui e o elenco que tenho. Era mais fácil jogar contra o São Paulo com o melhor elenco? Vocês são malucos. Eu sei o que estou fazendo. Temos um plano e vamos segui-lo até o fim, aconteça o que acontecer”, enfatizou o confiante treinador.
Até a final da Libertadores contra o Flamengo, daqui a 10 dias, em Montevidéu, o Palmeiras joga mais duas vezes pelo Brasileirão. No sábado, enfrenta o Fortaleza no Castelão, e na terça-feira encara o líder Atlético-MG, que pode confirmar o título nacional no Allianz Parque.
Com essa sequência de partidas, o português resolveu preservar seus principais atletas nesta quarta. Mas com o resultado adverso diante do São Paulo, foi obrigado a lançar mão de Rony, Raphael Veiga, Gustavo Scarpa e Zé Rafael no segundo tempo. A tendência é de que use os titulares diante do Fortaleza e mande a campo suplentes contra o Atlético, no último compromisso antes da decisão continental.
“Temos um calendário de jogos seguidos e não faço milagres, não há magia. Da forma como está organizado o calendário, não há milagres. Sou pago para tomar decisões e sou eu que assumo a responsabilidade das minhas decisões”, disse o técnico, irritado em alguns momentos da entrevista.
O português reconheceu que a performance “não foi a melhor” sob os olhares de 35 mil palmeirenses no Allianz Parque, mas foi sucinto nessa questão. Não quis se alongar sobre o desempenho ruim de seus comandados nem elogiar o São Paulo. “Oferecemos erros ao nosso adversário. O adversário ganhou bem, parabéns, ganhou bem, está fechado”.
Abel desceu ao vestiário antes do apito final. O clássico foi encerrado aos 53 minutos, mas o treinador deixou o gramado aos 49. O motivo, segundo ele, foi para se preservar. Ele não queria ser suspenso, já que estava pendurado e, nervoso, reclamaria com a arbitragem.
“Saí para não ser expulso e estar com meus jogadores no próximo jogo. Para não levar amarelo. Por isso abandonei o campo. Não gostei nada daquilo que vi, e foi em detalhes, em faltinhas. Sempre para o mesmo lado, não gostei. Por isso saí mais cedo”, explicou.