Fraude em antidoping: Gabigol não pode treinar ou ir ao CT do Flamengo
Gabigol foi considerado culpado pela Justiça Desportiva Antidopagem, mas decisão ainda cabe recurso
atualizado
Compartilhar notícia
Suspenso por dois anos Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem nesta segunda-feira (25/3), Gabigol não pode mais treinar no Flamengo ou frequentar o Centro de Treinamento Ninho do Urubu.
Nos bastidores, o Flamengo faz o possível para resolver situação e estuda dar passos concretos. Confira nota do clube:
“O Clube de Regatas do Flamengo, tomando conhecimento do resultado do julgamento do seu atleta Gabriel Barbosa, no sentido de aplicação de pena de suspensão de dois anos, até abril de 2025, por 5 votos pela condenação e 4 pela absolvição, vem a público dizer que recebeu com surpresa a referida decisão e que auxiliará o atleta na apresentação de recurso à CAS (Corte Arbitral do Esporte), uma vez que entende que não houve qualquer tipo de fraude, nem mesmo tentativa, a justificar a punição aplicada”.
Gabigol recorrerá ao CAS (Corte Arbitral do Esporte), na Suíça, para tentar reverter o processo. Entretanto, existem três caminhos para a escolha do camisa 10 do Flamengo: a suspensão pode ser derrubada, mantida ou ampliada para a pena máxima, até 2028.
Vale lembrar que a pena começou a contar a partir da coleta, no ano passado, e termina em 8 de abril de 2025. A decisão ainda cabe recurso.
Suspensão
Gabriel Barbosa, o Gabigol, foi suspenso por dois anos por fraude em exame antidoping. O julgamento teve início na semana passada e foi concluído nesta segunda-feira (25/3), com participação do atleta. A decisão cabe recurso.
A Justiça Desportiva Antidopagem considerou Gabigol culpado em sessão que durou pouco mais de duas horas. O julgamento teve a participação do jogador nesta segunda. A defesa do centroavante alega que Gabigol fez o exame de sangue, que é considerado mais efetivo. A decisão foi de 5 a 4 a favor da punição.
Gabigol é acusado de dificultar a realização do exame antidoping. Oficiais de coleta relataram que o comportamento do atleta se encaixa como “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle”.
Os responsáveis pelo exame antidoping dizem que o jogador não se dirigiu a eles antes do treino, depois os ignorou e foi almoçar, além de tratar a equipe com desrespeito.
O processo que condenou Gabigol como culpado em exame antidoping também cita que o jogador tentou esconder a genitália na hora de urinar no frasco, sem permitir que o oficial que estava fiscalizando visse a urina saindo.
Ele não seguiu os procedimentos indicados, pegou o vaso coletor sem avisar a ninguém, ficou irritado ao ver que o responsável o acompanhou até o banheiro para a coleta e entregou o objeto aberto, contrariando orientação recebida.
O Camisa 10 do Flamengo respondeu por infringir o artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que se refere a “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle” e prevê suspensão de até quatro anos em caso de condenação.
O jogador foi denunciado no fim de 2023. A defesa dele foi enviada em janeiro e contava com imagens da câmera de segurança do CT Ninho do Urubu.