FBI descobre conta de Ricardo Teixeira em banco da Suíça
A Justiça, porém, não detalha se a conta de Teixeira estaria entre as que tiveram seus ativos congelados
atualizado
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O FBI detectou uma conta secreta em nome de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, na Suíça e pediu oficialmente para a Justiça de Berna que repasse aos Estados Unidos os detalhes das movimentações, extratos bancários e até mesmo pessoas que poderiam ter sido beneficiadas com o valor.
A ação faz parte de uma ofensiva que congelou mais de US$ 50 milhões em contas secretas mantidas pela Fifa e seus cartolas. A Justiça, porém, não detalha se a conta de Teixeira estaria entre as que tiveram seus ativos congelados.
Os nomes dos correntistas não foram divulgados oficialmente. Mas a Justiça indica que mais de 110 movimentações financeiras estão sob suspeita e que, de fato, congelou dezenas de contas. “As autoridades americanas pediram documentos relacionados com 50 contas de diferentes bancos, por onde o dinheiro teria circulado”, indicou o porta-voz do Departamento de Justiça suíça, Folco Galli.
Segundo os jornais suíços Tages Anzeiger e o SRF, um canal público de Zurique, Teixeira é um dos que tiveram suas contas bloqueadas. A suspeita se refere ao dinheiro que ele recebeu no escândalo da ISL, empresa de marketing e que vendia os direitos de TV das Copas do Mundo.
Teixeira teria recebido propinas para influenciar na escolha da emissora que transmitiria a Copa de 2002 no Brasil. O nome da emissora não foi revelado em um documento da Justiça que, em 2011, confirmou que Teixeira fraudou a Fifa, ao lado de João Havelange. No documento que solicita a cooperação dos suíços, o FBI inclui o nome de Teixeira, indicando para a existência de contas em seu nome.
No indiciamento da Justiça norte-americana, em 3 de dezembro, o nome de Teixeira também aparece a o ser citado uma propina da Nike e que seria compartilhada entre o brasileiro e o empresário José Hawilla. Cerca de US$ 40 milhões foram transferidos para uma conta na Suíça e divididos entre os dois. No país, diversos bancos passaram a ser obrigados a colaborar com o caso, entre eles o UBS, Credit Suisse Julius Baer. O congelamento das contas ocorreu à pedido dos norte-americanos.