Fã de Phelps, nadador de Brasília acredita poder chegar em Paris-2024
Pedro Henrique começou a nadar com 6 meses, não parou mais e acredita conseguir carimbar o passaporte para os Jogos de Paris-2024
atualizado
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O encontro que temos com a piscina quando somos pequenos e nossos pais nos colocam na natação pode durar alguns anos ou, no caso de Pedro Henrique, pode virar uma carreira. Ele começou a nadar com 6 meses, não parou mais e acredita conseguir carimbar o passaporte para os Jogos de Paris-2024.
Pedro Henrique Neves Moreira, 13 anos, é de Brasília, é atleta confederado na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) desde maio de 2017, foi convocado para a Seleção Brasileira de natação em 2019, coleciona 72 títulos — regionais, nacionais e internacionais —, entre eles o de melhor nadador do Brasil em sua categoria.
Estudante do 8º ano do ensino fundamental na escola Mackenzie, Pedro fala sobre como é difícil conciliar os estudos aos treinos. “Além do treino na piscina, é toda uma rotina que é proposta com fisioterapeuta, massagista, pilates, musculação… o que toma quase o meu dia inteiro. Pra conciliar com fazer trabalhos de escola ou estudar pra uma prova é bem difícil, mas estou sempre tentando arranjar um tempo”, contou. “Não tem regra pra se for mal na escola, não tem treino. Mas eu nunca tive problema com nota, sempre fui muito bem na escola.”
A primeira competição dele na piscina foi com 6 anos, na categoria pré mirim, e dois anos depois, já federado, estreou no Festival CBDA Correios Centro-Oeste em Anápolis (GO), onde conquistou quatro medalhas de bronze. A primeira de ouro foi conquistada no Festival CBDA Centro-Oeste Mirim Petiz, nos 100m livre, em outubro de 2017, e a partir daí subir no lugar mais alto do pódio tornou algo mais recorrente para o brasiliense.
O momento mais especial da trajetória dele até então foi a convocação para a Seleção, sendo o atleta mais novo a integrar a equipe, para ir disputar o II UANA Swimming Cup, em Lima, no Peru. “Foi nele que eu percebi e falei pra mim mesmo que eu sou capaz, eu estou me destacando e tudo está começando a dar frutos”, relatou Pedro.
Influência de Phelps
A admiração de Pedro ao americano Michael Phelps é evidente. Ele fala do multicampeão olímpico a todo momento, citando Phelps como inspiração para bater recordes e para os treinos. “Minha mãe e eu lemos o livro dele e a história dele é fascinante. Eu me identifico muito com o esforço e tudo mais. Desde o começo, desde quando ele começou a nadar, a história dele, a marca que ele deixou no mundo, com oito medalhas de ouro em Olimpíadas.”, disse.
“Na maioria das vezes, na natação, a gente tenta buscar um alvo, um foco, para melhorar e eu tenho isso no Michael Phelps. Muita coisa que eu nado, que eu treino, ele já nadou.”
Phelps estreou em Olimpíadas em Sydney-2000 e Pedro acredita que consegue ir para Paris-2024, mas assim como o ídolo, que não venceu medalhas na primeira participação, o jovem tem os pés no chão e acha que só terá chances de medalha em Los Angeles-2028.
“Tem grandes chances de eu ir para 2024. Inclusive, a primeira Olimpíada do Phelps foi com 15 anos e, em 2024, eu vou estar com 15 anos, também. Eu acho que é super possível. Não acho que eu tenha chances de medalha em 2024, mas meu grande foco mesmo, pra uma Olimpíada que eu posso me destacar, é 2028, em Los Angeles”, analisou.
Sobre a preparação para alcançar esse objetivo, Pedro diz: “Falam sempre que o treinamento para uma Olimpíada começa dois ciclos antes, ou seja, oito anos antes. Então, eu já tenho todo um planejamento de tempos a serem batidos, tenho um foco de baixar a cada ano o tempo pra quando chegar na Olimpíada eu poder me destacar.”
Podemos esperar, então, ouvir bastante o nome de Pedro Henrique nos próximos anos, principalmente nas provas de 1.500m livre, 800m livres e 400m livres, como ele mesmo destaca.
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