F1: após polêmica em Abu Dhabi, Masi diz ter sofrido ameaças de morte
Michael Masi também detalhou o abalo psicológico causado após Max Verstappen ter sido coroado como campeão da temporada 2021 da F1
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-diretor de provas da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), Michael Masi, quebrou o silêncio sete meses depois de ter sido afastado imediatamente do cargo.
Masi disse ter recebido ameaças de morte e detalhou o abalo psicológico causado após Max Verstappen ter sido coroado o vencedor do GP de Abu Dhabi de 2021, que acabou lhe garantindo o título de campeão da temporada da Fórmula 1.
As decisões de Masi nos momentos finais da prova, permitindo que apenas os retardatários entre o holandês e Lewis Hamilton fossem ultrapassados, com o Safety Car na pista, abriram caminho para a vitória e título de Verstappen e foram motivos de intenso debate e polêmica.
“Houve alguns dias sombrios. Eu me senti o homem mais odiado do mundo. Recebi ameaças de morte. As pessoas diziam que iriam atrás de mim e da minha família. Foi chocante. Racista, abusivo”, contou Masi em entrevista para News Corp.
No começo de 2022, a FIA, trabalhou na formulação de um inquérito sobre a prova, que teve como desfecho “erro humano” de aplicação incorreta das regras no decisor do título de 2021. Com o afastamento imediato do ex-diretor, a FIA hoje tem como diretores Niels Wittich e Eduardo Freitas (com suporte do veterano Herbie Blash).
“Eu não queria falar com ninguém, nem mesmo com família e amigos. Eu só conversei com minha família mais próxima, mas muito brevemente”. O impacto das ameaças de morte levaram Masi a se isolar, e evitar contato até mesmo com familiares.