F1: 16 anos após escândalo de manipulação, Briatore volta a Singapura

Singapura será a casa da próxima corrida da F1. O circuito urbano de Marina Bay, local do Grande Prêmio deste fim de semana, foi palco, em 2008, de um dos maiores escândalos da história do automobilismo. Um dos responsáveis, Flávio Briatore, está de volta ao autódromo asiático neste fim de semana.

Naquele ano, Felipe Massa, então piloto da Ferrari, brigava pelo título mundial com Lewis Hamilton, que naquele momento guiava o carro da McLaren. Ambos chegaram empatados a Singapura e uma vitória do brasileiro no país asiático poderia significar a liderança na tabela de classificação do Mundial de Fórmula 1.

Durante a corrida, na volta 14, a Renault de Nelsinho Piquet bateu no muro quando Felipe Massa liderava a prova. O trecho onde aconteceu o acidente é de difícil acesso, o que obrigou a entrada do Safety Car na pista. A situação ajudou Fernando Alonso, que acabou vencendo aquela corrida.

Massa e a Ferrari também cometeram erros. Com o carro de segurança, a Ferrari precisou mudar sua estratégia, e chamou Massa aos boxes. A escuderia italiana liberou o piloto da parada antes de terminar o reabastecimento, fazendo com que massa saísse com a mangueira presa ao carro. Com isso, o brasileiro foi obrigado a parar no pit lane.

Depois disso, Massa ainda bateu na Force India de Adrian Sutil, causando punição ao ferrarista, que acabou aquela corrida na 13ª posição.

Escândalo revelado

Semanas depois, o pai de Nelsinho, o tricampeão Nelson Piquet, revelou a Charlie Withing, diretor de provas da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na época, sobre o escândalo, e recomendou a abertura de denúncia formal, que foi feita somente em julho de 2009, quando Nelsinho já estava fora da Renault.

O escândalo só veio a público em agosto de 2009, quando Reginaldo Leme, durante a transmissão do GP da Bélgica, revelou o caso, posteriormente por Max Mosley, então presidente da FIA. No fim das contas, a ordem para que Nelsinho batesse intencionalmente foi dada por Flávio Briatore, então chefe da equipe francesa. O piloto brasileiro desde então, sempre afirmou que se arrepende de ter cedido à pressão do dirigente.

Flávio Briatore acabou banido da Fórmula 1 em 2009, de forma vitalícia, por tentativa de manipulação da corrida de Singapura em 2008.

Flavio Briatore de volta à Fórmula 1

Mais de uma década e anos após o escândalo, Briatore voltou a Fórmula nesta temporada. Ele assumiu o cargo de consultor executivo da Alpine, nome dado à antiga Renault a partir de 2021.

O regresso de Britore para a Alpine é um atentativa de melhorar os resultados da equipe na temporada, já que, no atual momento, a escuderia francesa é a penúltima colocada no Mundial de Construtores da Fórmula 1. No Mundial de Pilotos, o primeiro piloto da equipe na classificação é Pierre Gasly, que ocupa a 15ª posição, com apenas 8 pontos conquistados.