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Ex-presidente do Palmeiras detona Leila Pereira: “Arrogante e soberba”

Paulo Nobre divulgou carta aberta à atual presidente do Alviverde criticando as últimas declarações de Leila Pereira

atualizado

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Leila Pereira Palmeiras
1 de 1 Leila Pereira Palmeiras - Foto: Twitter/Reprodução

Paulo Nobre criticou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, em carta aberta nesta quinta-feira (12/10). O ex-presidente do clube paulista se manifestou depois de declarações de Leila em coletiva, como resposta a protestos e com o argumento de que “quando a Crefisa e a FAM chegaram, o Palmeiras estava quase rebaixado”. Nobre retrucou, defendendo que o Palmeiras não nasceu em 2015 e até citou “Apesar de Você”, música de protesto de Chico Buarque.

No texto, Nobre diz ter renunciado ao cargo de conselheiro vitalício do Palmeiras, em 2018, para “não ter que conviver com Leila”. “O Palmeiras sofreu um enorme ataque de quem tem o dever, moral e de ofício, de defendê-lo. Não sei se a senhora alcança isso. Provavelmente não!”, escreveu Nobre referindo-se às falas da mandatária.

A carta também acusa Leila de “descobrir que o Palmeiras existe há menos de 10 anos”. O trecho cita o fato de Leila ter mencionado que o Palmeiras vivia um momento de seca de grandes conquistas e brigava contra o rebaixamento para a Série B quando os patrocínios de Crefisa e FAM foram acertados com o clube. “Sua arrogância e soberba culminaram na tentativa de reescrever os fatos, falando que só não fomos rebaixados em 2014 por ajuda de outro clube”, diz o texto.

O “outro clube” é o Santos, que venceu o Vitória na última rodada do campeonato daquele ano, rebaixando o clube baiano. “O Palmeiras não foi fundado em 2015. Dizer que, antes da senhora e das suas empresas aqui chegarem, vivíamos apenas de sofrimento fala muito mais sobre sua ignorância rotineira do que sobre nossa trajetória”, continuou o ex-presidente.

Nobre citou feitos históricos do clube como os títulos de Campeonato Brasileiro, a Copa Rio de 1951 e o fato de o clube ter representado a seleção brasileira em 1965. “Isso se conquista. Dinheiro, mesmo em enorme quantidade, também não compra berço. Não compra educação. Não compra postura. Não compra idolatria. E, principalmente, não comprará o nosso respeito”, concluiu o ex-dirigente, que ainda reiterou não ter objetivo senão desejar o melhor para o Palmeiras, já que se aposentou da política do clube.

As principais torcidas, como a Mancha Alvi Verde, reclamam da postura da mandatária. Após a eliminação na Copa Libertadores, os muros do Allianz Parque e sedes da Crefisa foram pichadas chamando Leila de mentirosa. Em resposta, a presidente resumiu as agremiações a “casos de polícia”.

Em nota publicada nesta quinta-feira, a Mancha chamou novamente a mandatária de mentirosa. Segundo a torcida, houve uma tentativa de colocar torcedores contra a organizada. “Desesperada com a perda de apoio da torcida e com os danos à sua imagem, Leila fez o palmeirense acompanhar, atônito, uma desastrosa entrevista coletiva”, diz um trecho, que conclui: “O resultado foi um deplorável espetáculo de narcisismo”.

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