Ex-empresário de Schumacher revela culpa em relação ao piloto
Schumacher supostamente apareceu em público 11 anos após seu acidente de esqui. Wili Weber falou sobre sua relação com o ex-piloto de F1
atualizado
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Após o heptacampeão de Fórmula 1, Michael Schumacher, suspostamente aparecer em público depois, depois de 11 anos, durante o casamento da sua filha em Maiorca, na Espanha, seu ex-empresário veio a público falar sobre seus arrependimentos em relação ao ex-piloto.
Em entrevista ao jornal alemão Bild, Weber se disse arrependido por não ter entrado em contato com a família de Schumacher após o acidente de esqui do piloto em 2013. Além disso, ele lamentou não ser mais tão próximo como costumava ser.
“Penso em meus sucessos com Michael. Nossos objetivos e nossas vitórias. Lembro-me de Michael como ele era. E provavelmente nunca mais nos veremos. A culpa foi minha por não ter visitado Michael após o acidente e não tê-lo apoiado. Porque achei que o que estava na mídia era exagerado. Achei que seria melhor esperar alguns dias e que tudo ficaria bem. Mas já era tarde demais. Durante muito tempo, eu me culpei por não ter reagido imediatamente”, disse Weber.
Wili Weber revelou ainda que não foi convidado para o casamento da filha de Schumacher, Gina-Maria. Aos 82 anos, ele contou que mesmo que tivesse recebido convite, não poderia ir ao evento, por conta do seu estado de saúde.
“Não tenho contato com a família há mais de 10 anos, mal me lembro do que aconteceu […] Michael era um dos meus melhores amigos. Ele era mais como um filho para mim. Ninguém sabe exatamente o que está acontecendo com ele agora, então não quero comentar mais nada”, declarou o ex-empresário do heptacampeão.
Acidente de Schumacher
Em dezembro de 2013, Michael Schumacher esquiava nos Alpes franceses. Ele entrou em uma área proibida, para ajudar outro esquiador que estava caído. O local tinha muitas pedras e o ex-piloto acabou batendo em uma delas, sendo atirado a dez metros de distância. Ele caiu, bateu a cabeça em outra pedra e seu capacete acabou partido em dois pedaços.
Schumacher foi submetido a duas cirurgias no Hospital de Grenoble e foi colocado em coma induzido, por conta do alto grau de risco, já que ele teve um traumatismo craniano. O heptacampeão de Fórmula 1 foi retirado do coma em abril de 2014, com sinais de consciência. Em junho do mesmo ano, ele foi transferido para o Hospital de Lausanne, na Suíça, e, cerca de três meses depois, levado para a residência de sua família, que foi equipada com aparatos médicos para recebê-lo. Sua empresária afirmou que sua situação ainda era bastante grave, mas que apresentava progresso.
A família de Schumacher, que já pedia respeito pela privacidade dele em um momento de sofrimento, passou a não divulgar mais informações sobre o estado do ex-piloto. Sua esposa, Corinna, enfrentou um assédio antiético da imprensa durante sua internação em Grenoble, sendo constantemente abordada por câmeras e perguntas ao entrar e sair do hospital. Em casa, ela decidiu pôr fim a essa situação.
No final de 2014, Philippe Streiff, amigo pessoal de Schumacher, declarou à rádio francesa “Europe 1”, após uma visita, que ele apresentou “alguma melhora” desde sua saída do hospital, mas ainda estava paralisado em uma cadeira de rodas, com problemas de memória e fala.