Em Tóquio, Brasil tem dia ruim e segue sem medalhas no Mundial de Judô
O Mundial de Judô continua nesta terça-feira, no terceiro dia de disputas. A única brasileira no tatame será a campeã olímpica Rafaela Silva
atualizado
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Assim como aconteceu na estreia, o judô do Brasil passou em branco no segundo dia de disputas do Mundial, que está sendo realizado no ginásio Nippon Budokan, em Tóquio, no Japão. Três representantes do país – Daniel Cargnin, Larissa Pimenta e Eleudis Valentim – entraram no tatame nesta segunda-feira (26/08/2019) e não chegaram perto da luta por medalhas na principal competição da temporada de 2019.
Quem mais avançou nesta segunda-feira foi Daniel Cargnin. O judoca da categoria 66 kg obteve duas vitórias nas primeiras lutas – superou o turco Sinan Sindal com vitória por ippon e, em seguida, bateu o búlgaro Bozhidar Temelkov com um waza-ari no golden score -, mas caiu nas oitavas de final para o ucraniano Bogdan Iadov, que conseguiu um waza-ari no golden score.
“Eu estava tão focado durante a luta que, confesso, não vi se foi ou não. Acho que é o momento de fazer uma análise crítica, não só desse lance, mas de toda a competição, trabalhar, corrigir e seguir em frente”, disse o brasileiro ao deixar a área de competição.
Daniel Cargnin é o atual número 9 do mundo na categoria meio-leve masculino. Neste ano, ele conquistou a medalha de ouro no Campeonato Pan-Americano de Judô e foi prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, no início deste mês.
No feminino, Larissa Pimenta também conseguiu vencer no Mundial. Na primeira luta da categoria 52 kg, a brasileira, estreante em Mundial Sênior e atual campeã do Pan, derrotou Raguib Abdourahman, de Djibouti. Só que na sequência encarou a japonesa Uta Abe, do Japão, e foi eliminada.
Com apenas 20 anos, a judoca mostrou maturidade ao avaliar a sua participação no evento mais importante do ano. “Não acho que tenha sido cedo demais para enfrentá-la (Uta Abe). Eu estou aqui para lutar com qualquer atleta. Se fosse na primeira ou na última, eu daria meu melhor de qualquer forma”, disse, antes de revelar a estratégia mental para tentar superar a atleta da casa
“A ideia era não respeitar. A maioria respeita porque ela é a Abe. Não é faltar com respeito, é ir para cima. Quando vi que ia lutar com ela não fiquei com medo. A gente pode ganhar na vontade e eu busquei ser agressiva. Nisso, eu evoluí”, concluiu Larissa Pimenta.
Já a meio-leve Eleudis Valentim não passou da estreia. Em sua primeira luta, encarou a norte-americana Angelica Delgado, que passou pela brasileira com um waza-ari no golden score. “A minha estratégia era lutar solta e feliz porque sempre que luto assim consigo bons resultados. Mas, quando vi a chave, vi que dava para chegar mais longe nesse Mundial e acho que isso me colocou um pouquinho de carga”, analisou.
O Mundial de Judô continua nesta terça-feira, no terceiro dia de disputas. A única brasileira no tatame será a campeã olímpica Rafaela Silva, que vem de uma temporada vitoriosa na qual acumulou sete medalhas, entre elas os ouros nos Jogos Pan-Americanos, no Grand Prix de Budapeste e no Grand Slam de Baku.