Em depoimento, ex-funcionária da CBF detalha assédio de Caboclo em voo
Em depoimento ao Ministério Público, ex-secretária deu detalhes do ocorrido. Ela é uma das três mulheres que denunciam o ex-dirigente
atualizado
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Uma das três mulheres que denunciaram o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, deu detalhes do ocorrido, durante depoimento ao Ministério Público. Em matéria publicada pelo portal GE nesta segunda-feira (30/8), a ex-funcionária comentou sobre um dos abusos que ocorreu durante um voo para Madrid.
De acordo com a publicação, a situação aconteceu em 2019, quando a moça, Caboclo e Douglas Lunardi, diretor de Comunicação da CBF, viajavam rumo a Madri para a final da Champions League entre Tottenham e Liverpool. Além de relatar o consumo de vinho por parte de Caboclo, a moça comentou que o dirigente acariciou o braço dela repetidas vezes.
Ao relatar o ocorrido para Douglas Lunardi, o diretor de comunicação foi solidário com a moça e passou a acompanhá-la para evitar novos episódios desse tipo no restante da viagem. Lunardi teria confirmado o depoimento da mulher, que relatou, ainda, uma insatisfação clara de Caboclo com a proximidade do diretor e da ex-secretária.
Ainda segundo o GE, esse teria sido o episódio mais marcante, de acordo com o depoimento da vítima, mas não o único.
Ela comentou que ele realizava ligações constantes para ela, e que era recorrente o consumo de álcool por parte de Caboclo, inclusive durante o expediente dentro da CBF. A declaração vai ao encontro de um outro testemunho, no qual há a afirmação de que o diligente constantemente solicitava bebidas alcóolicas, tanto em viagens quanto dentro do prédio da entidade.
Ao todo, três mulheres denunciam Rogério Caboclo por assédio sexual e moral. No início de junho deste ano, o ex-presidente foi afastado após uma das denúncias virem à tona, acompanhada de áudios que comprovavam a abordagem inadequada do cartola.
Confira na íntegra a nota de Rogério Caboclo sobre o episódio relatado na matéria do GE.
“A defesa do presidente da CBF, Rogério Caboclo, afirma que ele não cometeu crime de assédio contra nenhuma funcionária da entidade e é vítima de uma armação conduzida por adversários para tirá-lo do cargo.
Em outro caso, a Comissão de Ética o afastou de forma sumária, sem direito à defesa, e, no fim, concluiu que não houve assédio.
A defesa de Caboclo também lamenta que esteja acontecendo o vazamento seletivo de peças do processo para prejudicar a honra de Caboclo e influenciar no resultado do seu julgamento pela assembleia formada pelos presidentes das federações estaduais.
O vazamento do depoimento tomado em procedimento sigiloso precisa ser investigado e punido com rigor.”
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