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Crise no Corinthians: diretores deixam cargos e agravam situação

O diretor financeiro, Rozallah Santoro, e o diretor-adjunto de futebol, Fernando Alba, vão entregar os cargos ao presidente Augusto Mello

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José Manoel Idalgo / Ag Corinthians
Augusto Melo
1 de 1 Augusto Melo - Foto: José Manoel Idalgo / Ag Corinthians

A crise nos bastidores do Corinthians se intensifica ao longo desta sexta-feira (7/6). Depois dos rumores que o goleiro Carlos Miguel irá deixar o clube e do rompimento com o patrocinador master, dois diretores do Timão deixaram seus cargos.

O diretor financeiro, Rozallah Santoro, e o diretor-adjunto de futebol, Fernando Alba, vão entregar os cargos ao presidente Augusto Mello. Os dois fazem parte do Movimento Corinthians Grande, grupo político que apoiou a eleição de Mello à atual gestão. O grupo, no entanto, deve deixar de apoiar o mandatário corintiano.

Os dois já teriam cogitado uma saída no último mês, mas acabaram permanecendo após conversas. A situação desta vez, no entanto, é diferente e a decisão não teria uma reviravolta.

Eles alegam que o presidente Augusto Mello não teria cumprido suas promessas de candidato, entre elas, a de dar autonomia aos demais dirigentes do clube. Outros dirigentes já haviam deixado a atual gestão da equipe do Parque São Jorge antes de Rozallah e Alba.

A gota d’água entre as partes foi a rescisão do clube com a empresa Vaidebet, patrocinadora master do Timão nesta temporada. O rompimento se deu após uma investigação sobre um possível caso de corrupção envolvendo uma intermediária do contrato entre o Corinthians e a casa de apostas.

Entenda o caso

O caso de corrupção ao qual a patrocinadora se refere é a denúncia feita pelo Blog do Juca Kfouri, do Uol, de que a empresa responsável por intermediar o contrato de patrocínio, a Rede Social Media Design, teria repassado parte do valor recebido no acordo à uma empresa “laranja”.

A empresa em questão seria a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda., organização que estaria no nome de Edna Oliveira dos Santos, moradora da cidade de Peruíbe, em São Paulo, que sequer sabia da vinculação do seu nome à empresa citada.

A Polícia Civil de São Paulo e o Conselho deliberativo do Corinthians estão apurando as acusações.

No último dia 27 de maio, a Vaidebet enviou uma notificação extrajudicial ao clube paulista solicitando esclarecimento sobre denúncia de corrupção envolvendo o contrato do time com a empresa. Na nota, a patrocinadora ressalta a existência de uma cláusula anticorrupção existente no acordo entre as partes e ameaçou romper contrato com o Timão caso a situação não fosse resolvida.

Na notificação, a Vaidebet reforçou que, caso se comprovassem verdadeiro, os fatos citados violariam diretamente a cláusula anticorrupção presente no contrato com o clube e pedia explicações em até 10 dias.

“A vinculação do nome da Vaidbet com o presente escândalo envolvendo a diretoria do Corinthians e a intermediadora tornam a presente relação contratual excessivamente onerosa para o patrocinador, na medida que vincula a marca a uma situação negativa, causando desprestigio, potencial prejuízo e risco de baixo retorno do investimento realizado na entidade desportiva”, afirmou a empresa na notificação.

As respostas enviadas pelo Corinthians para os questionamentos da notificação teriam sido considerados insuficientes pela patrocinadora.

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