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Depois de ser banido, Briatore volta à F1 como consultor da Alpine

Flavio Briatore ficou famoso por escândalo de manipulação de resultado que prejudicou título de Felipe Massa na F1, há 15 anos

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Mark Thompson/Getty Images
Flavio Briatore no Paddock antes do Grand Prix do Catar
1 de 1 Flavio Briatore no Paddock antes do Grand Prix do Catar - Foto: Mark Thompson/Getty Images

A Alpine anunciou nesta sexta-feira (21/6) a volta de Flavio Briatore à Fórmula 1. O italiano volta à categoria 15 anos após ser banido por ter orquestrado um esquema de manipulação de resultado da modalidade. O caso ficou conhecido como Cingapuragate.

Briatore está de volta ao circuito como consultor executivo da Alpine. Rumores sobre a volta dele já circulavam na imprensa da Europa há um mês. Ele terá papel de destaque na missão de reerguer a equipe, ex-Renault. A Alpine tem apenas cinco pontos somados nas nove etapas realizadas na temporada.

Punição pesada

Flavio Briatore foi punido com o banimento da Fórmula 1 em 2009. No ano anterior, ele foi o protagonista de um esquema corrupto que tirou o título das mãos de Felipe Massa. O chefão pediu que Nelsinho Piquet batesse o carro propositalmente para beneficiar Fernando Alonso na briga pelo título, e o espanhol acabou sendo campeão daquela prova. A pena, posteriormente foi modificada para uma suspensão, que Briatore já cumpriu.

Felipe Massa, que teria ficado com o título caso o acidente não tivesse acontecido, briga na Justiça para ser reconhecido como campeão. Além do reconhecimento, ele também poderia faturar uma indenização que chega à casa dos R$ 850 milhões.

A etapa de Cingapura em 2008

A disputa entre Massa e F-1 e FIA remete ao GP de Cingapura de 2008, um dos mais polêmicos da história da F-1. Na ocasião, o brasileiro e Lewis Hamilton brigavam ponto a ponto pelo título. Antes daquela corrida, o inglês liderava o campeonato por apenas um ponto.

No auge de sua trajetória na Fórmula 1, Massa conquistara a pole position. Na corrida, liderava até a 14ª de 61 voltas. Foi quando Nelsinho Piquet bateu intencionalmente seu carro, conforme admitiu em 2019, por ordem do polêmico Flavio Briatore, para beneficiar Fernando Alonso, seu companheiro na Renault. O espanhol havia feito pit stop duas voltas antes e estava com o tanque cheio – na época, havia reabastecimento dos carros durante as corridas.

A batida provocou a entrada do safety car na pista, o que mudou totalmente a história da corrida. Alonso, que largara em 15º, herdou e manteve a primeira posição até a bandeirada final. Foi o maior beneficiado pela batida. Massa foi o maior prejudicado porque ainda viu a Ferrari cometer alguns erros nos boxes. Após cair para o último lugar da prova, o brasileiro terminou a prova em 13º, sem somar pontos. Hamilton foi o terceiro e viu sua vantagem subir de um para sete pontos na tabela. O título, três etapas depois, foi definido por apenas um ponto de diferença.

 

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