Daniel Alves: qual a fonte dos recursos usados para fiança?
Fontes ligadas ao ex-jogador garantem que dinheiro não veio do processo em que ele cobra o governo espanhol. Entenda
atualizado
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O ex-jogador Daniel Alves pagou fiança e deve ser solto a qualquer momento na Espanha. Desde janeiro de 2020, ele está detido no presídio de Brians 2, em Barcelona. A decisão que permitiu que Daniel Alves pudesse aguardar os recursos do caso em liberdade é do dia 20 de março, mas apenas durante o fim de semana a defesa conseguiu reunir o valor de um milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões), estabelecido pela Justiça espanhola como pré-requisito para a liberdade provisória.
Segundo o jornal La Vanguardia, os advogados tiveram uma série de reuniões presenciais e virtuais ao longo do fim de semana. E, após não conseguirem levantar o valor da fiança a tempo de libertá-lo no fim de semana, estavam otimistas pela soltura nesta segunda-feira. No entanto, fontes do entorno do ex-jogador garantem que o dinheiro não veio do processo em que Daniel Alves pede ressarcimento à Fazenda da Espanha, ainda segundo a publicação. Tampouco teria vindo de ajuda da família do colega de Seleção Neymar Jr, que negou mais um socorro a Daniel Alves. Ainda não há informação sobre a fonte dos recursos.
O ex-jogador tem patrimônio avaliado em cerca de 60 milhões de euros (R$ 324 milhões). No Brasil, Daniel Alves ainda recebe do São Paulo, clube que defendeu, mas está em meio a uma disputa judicial com a ex-esposa, Dinorah Santana. O processo é referente à pensão alimentícia dos dois filhos do ex-casal.
Soltura
Daniel Alves teve uma série de medidas impostas para aguardar em liberdade. Teve os dois passaportes (espanhol e brasileiro) confiscados e não pode deixar o país europeu. Ele também está proibido de ter qualquer contato com a vítima. E ainda precisa, semanalmente, comparecer ao Tribunal de Barcelona.
Daniel Alves foi condenado a 4 anos e 6 meses, mas a promotoria e os advogados da vítima exigiam 12 anos de detenção.
Contra a fiança de Daniel Alves
O Ministério Público da Espanha e a defesa da vítima foram totalmente contra a liberdade sob fiança por consideraram grande a chance de fuga do brasileiro, exatamente pela alta capacidade econômica dele. Segundo a advogada que representa a jovem agredida por Daniel Alves, a mulher ficou abalada com a informação e chegou a afirmar que se sentia “estuprada de novo”.
O tribunal, porém, argumentou que a pena de 4 anos e 6 meses de prisão fez com que o risco de fuga fosse “reduzido”. Por outro lado, admitiu que certo perigo “persiste” e, por isso, decidiu por fiança tão alta e proibiu o brasileiro de sair da Espanha.