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Daiane do Santos recorda racismo: “Por que você, dessa cor, está aqui?”

Quando ainda tinha 11 anos, a gaúcha ingressou na ginástica num clube de descendência alemã e precisou ser forte para superar o preconceito

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JONNE RORIZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Jogos Olímpicos de 2004 Grécia, Atenas. 15/08/2004. A ginasta brasileira Daiane dos Santos é vista durante competição de ginástica artística por equipe no Olympic Indoor Hall, nos Jogos Olímpicos de Atenas. – Crédito:/Codigo imagem:10409
1 de 1 Jogos Olímpicos de 2004 Grécia, Atenas. 15/08/2004. A ginasta brasileira Daiane dos Santos é vista durante competição de ginástica artística por equipe no Olympic Indoor Hall, nos Jogos Olímpicos de Atenas. – Crédito:/Codigo imagem:10409 - Foto: JONNE RORIZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

A ex-ginasta Daiane dos Santos está com 37 anos, mas não esquece do que precisou superar no passado para chegar até as medalhas conquistadas. Quando ainda tinha 11 anos, a gaúcha ingressou na ginástica em um clube de descendência alemã. Nele, a 9 vezes campeã mundial revelou que sofreu preconceito racial, um de seus maiores desafios no mundo esportivo.

“Acho que quando temos um grande objetivo enfrentamos grandes batalhas, e uma dessas minhas grandes batalhas foi o preconceito. Comecei num clube de descendência alemã, então houve essas questões de racismo também. ‘Por que você, dessa cor, está aqui? Por que não vai fazer atletismo? Está muito velha, por que não vai para outro esporte?'”, desabafou Daiane, durante entrevista  à jornalista Daniela Albuquerque.

A entrevista completa irá ao ar no programa Sensacional desta quinta-feira (20/8), a partir das 22h45, na RedeTV!. Nele, a ex-ginasta abre o coração sobre as dificuldades que enfrentou no esporte, por que decidiu parar e também revela os planos para o futuro.

Daiane confidenciou que seu grande sonho é formar uma família. “O ser humano nasceu para viver junto. Quando fiz 30 anos, meu corpo pediu isso. Fiquei enlouquecida para ser mãe. Não aconteceu, não engravidei, mas ser mãe acho que independe de você gerar ou não”, disse ela, que não descarta a possibilidade de adoção. “Há tanta criança que precisa de amor, de um porto seguro, e há tantos homens e mulheres que têm esse amor para dar. Mas eu gostaria de ter um parceiro.”

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