Cruzeiro joga mal, empata com o América-MG e ouve protestos da torcida
O time de Zé Ricardo saiu do estádio vaiado pela torcida e com gritos de protestos de “vergonha, time sem vergonha”
atualizado
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Em tarde de pouca inspiração ofensiva, o Cruzeiro ficou apenas no empate em 1 a 1 com o América-MG no Mineirão, em Belo Horizonte. Luciano Castán abriu o placar para o time da casa, mas Benítez deixou tudo igual neste domingo (1º/10), pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time de Zé Ricardo saiu do estádio vaiado pela torcida e com gritos de protestos de “vergonha, time sem vergonha”.
O resultado deixa o Cruzeiro com 30 pontos, na 12ª posição, quatro de distância do Goiás, primeiro clube na zona de rebaixamento. Na penúltima posição, o América-MG fecha o domingo com 18, agora apenas um ponto na frente com o lanterna Coritiba, que venceu o clássico contra o Athletico-PR no Paraná.
O próximo compromisso do América-MG é no domingo, contra o Fortaleza no Castelão, às 18h30, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro ganha quase duas semanas de folga e só enfrenta o Cuiabá no dia 14, às 21 horas. A partida foi adiada para preservar o gramado da Arena Pantanal, palco do confronto, que recebe Brasil e Venezuela pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Minutos antes de a bola rolar no Mineirão, o goleiro titular do América-MG, Matheus Cavichioli, sentiu uma indisposição e precisou ser cortado do clássico. O uruguaio Washington Aguerre, contratado no começo de setembro, assumiu a posição e fez a sua estreia no clube – Mateus Pasinato ficou no banco de reservas.
Com o início da partida, não demorou muito para o Cruzeiro tomar o controle das ações. O time de Zé Ricardo mantinha a bola e trocava passes, mas não conseguia furar a forte marcação americana, que fechava com cinco jogadores na primeira linha e mais quatro na frente, deixando apenas Mastriani mais adiantado
Se estava difícil encontrar espaço pelo chão, o time da casa abriu o placar na bola aérea. Nikão cobrou escanteio pela direita na cabeça de Luciano Castán, que subiu nas costas da marcação e testou no canto de Aguerre. A bola ainda bateu no travessão antes de entrar, sem chances para o goleiro. O time do América-MG reclamou de falta no lance, mas o árbitro de vídeo (VAR) validou o gol aos 20 minutos.
O empate
Mas a festa dos cruzeirenses não durou muito tempo em Belo Horizonte. Pela esquerda, Nicolas ganhou campo e avançou com liberdade. O lateral encontrou Benítez pelo meio e o camisa 10 recebeu no meio de Neris e Lucas Silva, girou o corpo, carregou para o meio, ajeitou e finalizou no canto de Rafael Cabral, deixando tudo igual aos 27.
O gol aumentou o apetite do América-MG e escancarou o nervosismo do Cruzeiro, que caiu muito de produção. Zé Ricardo foi visto em mais de uma oportunidade gritando e gesticulando com os jogadores, mas não conseguiu evitar a queda de produção do time. Ao final do primeiro tempo, os jogadores saíram vaiados de campo pela torcida.
A segunda etapa no Mineirão foi pouca inspiração, mas muita vontade. O Cruzeiro apresentava as mesmas dificuldades de criação ofensivas do primeiro tempo, mesmo atuando sem um centroavante fixo – Nikão estava adiantado, improvisado pelo meio. Do outro lado, o América-MG caiu bastante de produção com a saída de Benítez.
Os dois times exploraram bastante a bola aérea, mas sem nenhuma grande oportunidade. Na reta final da partida, aos 41 minutos, Breno recebeu com liberdade na entrada da área e bateu forte, mas Rafael Cabral fez grande defesa e evitou o gol do volante do América-MG.