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Paris 2024

Conheça “Tia Tânia”, que vai viver sonho olímpico aos 58 anos

“Tia Tânia”, chinesa que vai representar o Chile no tênis de mesa, se tornará a oitava atleta mais velha a disputar as Olimpíadas

atualizado

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Tia Tânia Tênis de mesa
1 de 1 Tia Tânia Tênis de mesa - Foto: Reprodução

Nunca é tarde para realizar seus sonhos, e as Olimpíadas Paris 2024 tem um caso especial que comprova essa celebre frase. Com 58 anos, a mesa-tenista Zhiying Zeng, que é carinhosamente apelidada de “Tia Tânia”, fará sua estreia como uma das atletas mais velhas da competição, pela seleção chilena.

Aos nove anos, começou a praticar a modalidade, e em apenas dois anos se tornou profissional e um dos destaques na China, ao atuar pelo principal time da Escola Militar de Pequim, onde jogou até os 15 anos.

Com 17 anos passou a integrar a seleção chinesa da modalidade, mas uma mudança na regra a atrapalhou muito. As raquetes passaram a obrigatoriamente ter que serem bicolores, ou seja, ficou mais fácil prever qual tipo de superfície o atleta usa, o que facilitou a identificar a velocidade e a direção da bola.

Ela se abateu e ficou desanimada com as mudanças, e desistiu de seguir como atleta. Em 1989, com 23 anos, decidiu se mudar e foi para a cidade de Arica, que fica a mais de dois mil quilômetros de Santiago, no Chile, e próxima a fronteira com o Peru. Por lá passou a ensinar a modalidade para as crianças.

Ela ficou pouco tempo por lá, principalmente pela dificuldade em falar espanhol, e passou a morar em Iquique, ainda no Chile, onde está até hoje, e se especializou em importar e vender produtos chineses. Teve dois filhos e o esporte ficou cada vez mais longe.

Redescoberta

Tudo mudou após a chegada da maior pandemia da história, a Covid-19. Isolada, ela decidiu voltar a praticar atividades físicas, começou com a bicicleta, pedalando próxima de casa, começou a levantar peso, mas viu que nada a fazia tão feliz quanto o esporte que a encontrou tão cedo, o tênis de mesa.

Decidiu voltar a competir em 2022 nos torneios locais, e venceu todos que disputou. Em 2023, começou a fazer parte da seleção do Chile, algo que só foi possível por ter cidadania chilena. No tênis de mesa, independente da idade, você pode representar outro país depois de ter competido pela sua seleção natal, desde que tenha a cidadania local. E somente uma representação é permitida, ou seja, ela defenderá a seleção do Chile até se aposentar.

No Pan-Americano de Santiago, viveu seu melhor momento. Conquistou o coração do público e se tornou a “Tia Tânia”, uma forma carinhosa pela qual a torcida a chamava. Conquistou o bronze na competição.

Agora ela busca fazer história e conquistar a primeira medalha olímpica no esporte para o Chile. Com 58 anos e 10 dias na estreia, ela se tornará a oitava atleta mais velha a disputar as Olimpíadas. O mais velho até hoje foi o atirador esportivo Oscar Swahn, que em 1920, na cidade de Antuérpia, na Bélgica, tinha 72 anos de idade.

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