Conheça Djorden Shakur, lutador do DF que briga por uma vaga no UFC
Djorden Shakur lutará na próxima terça-feira (3/9) no Contender Series. Caso vença o combate, pode assinar contrato com o UFC
atualizado
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Do Distrito Federal aos octógonos de Las Vegas. Esse é Djorden dos Santos, ou “Shakur”, apelido que o lutador utiliza no mundo das Artes Marciais Mistas (MMA). Ele participará do reality show Dana White’s Contender Series, uma “peneira” do UFC, na próxima terça-feira (3/9). O brasileiro terá como adversário Will Currie, pela categoria peso-médio (até 84kg).
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles antes da viagem para Las Vegas, local do evento, Djorden contou sobre a sua história de vida, o seu início no MMA e a expectativa para o combate que pode dar ao lutador uma vaga no UFC.
Natural de Belo Horizonte, Djorden conta que foi criado na cidade de Trindade, no interior de Goiás. Com 13 anos, ele voltou para a capital mineira, onde decidiu que seguiria carreira no MMA, que serviu como um objeto de transformação em sua vida.
“Eu era de torcida organizada e já tinha uma pré-disposição para a agressividade, só que canalizei pro lado bom, era algo também que eu precisava porque eu era bem gordinho. Acabou sendo um meio de transformação do meu corpo e da minha mente. Eu fui me encantando cada vez mais, passei a acompanhar, a assistir, e comecei a procurar academias, onde eu pudesse me profissionalizar”, conta Djorden.
Dificuldades
Durante o período em que morou em Belo Horizonte, Djorden passou por grandes dificuldades. Segundo ele, chegou até mesmo a morar em um canil, e depois de um tempo, optou por parar de lutar, mas não conseguiu ficar muito tempo longe do MMA.
“Quando eu tinha 19 anos, eu voltei para Trindade, e aí decidi parar. A vida era muito difícil, eu não trabalhava, as coisas não aconteciam, e não via a perspectiva de um futuro melhor. Chegando lá, eu fiquei um mês mais ou menos, e falei, ‘cara, eu não consigo ficar longe desse meu sonho, que é lutar, eu preciso de uma academia que vai continuar deixando essa chama acesa’. Então, eu resolvi vir para Brasília que era um lugar mais próximo de Trindade, de Goiânia”, revela o lutador.
Em 2022, Djorden conquistou o cinturão da categoria peso-médio do Thunder Fight. Hoje, com 27 anos, e com um cartel de 9 vitórias e apenas 1 derrota como profissional, Djorden espera vencer o adversário. Ele precisa de apenas uma vitória contra Will Currie para assinar um contrato definitivo com o UFC.
“Apesar da pouca idade, eu me considero um cara bastante experiente, pronto para essa oportunidade. E o meu adversário é um cara experiente também, é uma luta muito aguardada por todos. E eu fico muito feliz de poder chegar lá e representar o Brasil contra um cara do mais alto nível ali também, um cara que eu tenho certeza que vai trazer uma luta dura para mim que vai valorizar o meu trabalho. A expectativa é a melhor, de ir lá fazer o que eu faço todo dia. Dar o meu melhor, representar e trazer essa vitória para a gente contra um grande adversário que é o Will Currie”, diz Djorden.
“Shakur”
Como todo lutador de MMA, Djorden Santos carrega consigo um apelido. “Shakur” foi o nome escolhido para representar a sua história no esporte. Ele explica que três fatores o ajudaram a escolher esse “codinome” no mundo das Artes Marciais Mistas.
“Shakur quer dizer escolhido de Deus. Eu acredito que se eu cheguei até aqui, com certeza eu sou escolhido, porque de onde eu vim, tudo que a vida me proporcionou para eu chegar até aqui, não foi à toa e nem foi por acaso. Aliado a isso, tem dois outros fatores, que é o cantor de rap americano, o Tupac Shakur, um ídolo. Ouço muito as músicas dele no treino. E terceiro também, um boxeador que se chama Shakur Stevenson. Ele tem a minha idade, foi medalhista olímpico de prata no Rio em 2016”, contou o mineiro, que luta por Brasília no MMA.
Irmãos Bonfim e ídolos
Djorden é companheiro de treino de outros dois lutadores do Distrito Federal conhecidos no mundo do MMA: Ismael Bonfim, o “Marreta”, e Gabriel Bonfim, o “Marretinha”, que estão no UFC. Além disso, o lutador destacou que tem alguns ídolos na categoria.
“O Anderson Silva, que é um cara da minha categoria. Muitas pessoas perguntam, ‘ah, por que o Anderson Silva?’. Quando eu comecei a despertar esse interesse pela luta, o Anderson Silva era o cara que, além dele ser o representante da minha categoria, ele era o representante do Brasil. Aí depois vem o José Aldo, e Georges St. Pierrem que foi um cara também que quebrou vários recordes dentro do UFC”, afirmou Shakur.
A luta de Djorden Shakur e Will Currie pelo Dana White’s Contender Series, reality show que dá vaga ao UFC, acontecerá na próxima terça-feira (3/9), em Las Vegas.