CBF repudia e STJD diz que não cabe punição em caso de ataque a ônibus
Ataque com pedras que feriu jogadores aconteceu fora do estádio, por isso não há previsão de punição em âmbito esportivo
atualizado
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O ataque ao ônibus do Fortaleza na noite desta quarta-feira (21/2) não deve resultar em punições esportivas para o Sport. Após a partida entre as duas equipes pela Copa do Nordeste, que terminou empatada em 1×1, o veículo que levava a equipe visitante da Arena Pernambuco para o hotel da delegação foi atacado a pedradas por torcedores da equipe do Recife. Seis jogadores se feriram e precisaram ser encaminhados ao hospital para tomarem suturas e exames.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva explicou que, como o caso aconteceu fora das dependências do estádio, não cabe punições em âmbito esportivo, apenas criminal. E essa investigação já está a cargo da Secretaria de Segurança Pública do estado. A exceção é em caso de algum dos envolvidos ser identificado como membro oficial de torcidas organizadas.
Veja a nota divulgada pelo STJD
“O Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol vem a público informar que tomou conhecimento do episódio de violência contra o ônibus do Fortaleza na noite desta quarta, 21 de fevereiro, após o empate com o Sport, pela Copa do Nordeste. Por se tratar de infração ocorrida fora do estádio, o Tribunal do Futebol destaca que a competência para análise e denúncia é exclusiva da Secretaria de Segurança Pública do estado.
Cumpre destacar ainda que, caso haja a identificação dos responsáveis pelos atos, a Procuradoria analisará possíveis medidas contra as torcidas identificadas.
O STJD lamenta que episódios como esse ainda aconteçam no futebol brasileiro e reafirma o compromisso de trabalhar por um futebol mais justo e sem violência.”
CBF apenas aplica punições
A CBF também divulgou na manhã desta quinta-feira (22/2) uma nota em que repudia os violentos ataques. Questionada, informou que não é prerrogativa da entidade punir, apenas aplicar as decisões da Justiça Desportiva, como perda de mando de campo, jogos com portões fechados, suspensão de torcidas organizadas, entre outras. Ou seja, se o caso não for analisado pelo STJD, o mais provável é que ninguém seja punido em âmbito esportivo.
Esfera criminal
Na esfera criminal, o ataque está sendo investigado. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, prometeu punir os responsáveis. Ela afirmou que o ato foi cometido por “criminosos”, não torcedores.
Veja a publicação:
