CBF mantém portões fechados no jogo entre Cruzeiro e Palmeiras
Determinação chegou a ser questionada, mas foi mantida pela entidade. Briga entre torcida em outubro motivou a medida
atualizado
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A CBF manteve a decisão para que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras, nessa quarta-feira (4/12), pelo Campeonato Brasileiro, seja realizada com portões fechados no Mineirão. A decisão passou por algumas reviravoltas ao longo dessa semana, mas acabou sendo mantida.
A decisão leva em conta o confronto recente entre organizadas das duas equipes em outubro, na Rodovia Fernão Dias, que terminou com a morte de um cruzeirense.
A entidade encaminhou um documento informando o Governo do estado de Minas Gerais sobre a mudança na análise sobre o caso. Ministério Público, Polícia Militar de Minas Gerais e a Federação Mineira de Futebol também foram informadas.
A Polícia, no entanto, destacou que não haveria tempo hábil para montar um esquema de segurança, motivando a ratificação da decisão por parte da CBF.
Através das redes sociais o vice-governador de Minas, Mateus Simões, criticou a decisão.
“Somos contrários a fechamento de portões. Nosso pedido foi de torcida única, mas se a CBF determina torcida mista, a decisão final é dela, já que o evento é privado. Infelizmente, na hora de punir o Atlético com perda de mandos de campo a CBF foi rápida. Mas quando é um time paulista a entidade faz vista grossa, colocando o Cruzeiro em risco, e obrigando o pagador de impostos de Minas a financiar a segurança dos vândalos. Uma pena que o Palmeiras ou Flamengo tenham tratamento e benefícios que os times mineiros não recebem. Mas vamos iniciar uma discussão pública e ampla sobre os jogos em Minas. Minas tem a melhor polícia do Brasil e os nossos times contam sempre com a atuação do Estado, mas que fique claro: nenhum criminoso fantasiado de torcedor receberá proteção e esperamos a mesma postura dos clubes”
Relembre a emboscada
No dia 27 de outubro, torcedores da Máfia Azul, principal torcida organizada do Cruzeiro, sofreram uma emboscada feita pela Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP). O ataque ocorreu na madrugada. Os torcedores da Raposa voltavam de um jogo contra o Athletico-PR.
Cerca de 150 palmeirenses participaram do ataque que terminou com a morte de José Victor Miranda, de 30 anos. Eles utilizaram fogos de artifícios e barras de ferro. Aproximadamente 20 pessoas ficaram feridas.
A Justiça decretou a prisão de alguns membros da Mancha Alvi Verde. Entre eles o presidente da organizada, Jorge Luiz Sampaio Santos, e o vice-presidente, Felipe Matos Dos Santos.