Caso Daniel Alves: tribunal adota medidas para preservar vítima
Durante todo o processo, o nome da jovem também não poderá ser citado. Julgamento de Daniel Alves começou nesta segunda (5/2), em Barcelona
atualizado
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Uma das medidas para preservar a jovem de 23 anos que acusa Daniel Alves de estupro, durante o julgamento desta segunda-feira (5/2), é o posicionamento de um biombo, estrutura de painéis separada em diversas fases que podem ser dobradas ou estendidas, no tribunal.
Além do biombo, durante todo o processo, fica impedido que qualquer pessoa (testemunhas, advogados, juízes) se refira ao nome da jovem. No decorrer do depoimento, a mulher terá voz e rosto distorcidos.
A imprensa não tem permissão para acompanhar as declarações da denunciante, bem como não poderá ter acesso a vídeos ou áudios.
O julgamento ocorre durante três dias — segunda, terça (6/2) e quarta (7/2) —, em Barcelona, na Espanha.
De acordo com o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, seis testemunhas vão prestar depoimento nesta primeira sessão. Na terça, serão 22 depoimentos. Já no terceiro dia, está prevista a apresentação de laudos periciais relacionados ao caso.
O Ministério Público, na denúncia, pediu 9 anos de prisão e pagamento de indenização de € 150 mil (mais de R$ 800 mil) à vítima, enquanto a defesa da jovem solicita 12 anos de pena – a máxima para o crime de estupro na Espanha.
O MP também pede que o ex-jogador seja vigiado por um período de 10 anos após sua saída da prisão.
Caso Daniel Alves
O ex-jogador brasileiro é acusado de estuprar uma jovem, de 23 anos, em uma balada de Barcelona, e está preso preventivamente desde janeiro do ano passado.
Como mostrado pelo jornal catalão ARA, ele vai alterar o depoimento pela quinta vez. Segundo o jornal, Daniel deve alegar não se lembrar da suposta agressão sexual devido ao abuso de bebidas alcóolicas.