metropoles.com

Carol Solberg diz que não iria ao STJD se tivesse gritado “Bolsonaro, Mito”

A jogadora de vôlei de praia foi advertida pelo STJD há quase um mês por ter protestado após conquistar medalha de bronze

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
Carol Solberg
1 de 1 Carol Solberg - Foto: Getty Images

Quase um mês após ser advertida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por gritar “Fora, Bolsonaro”, a jogadora de vôlei de praia, Carol Solberg, decidiu falar. Em entrevista ao jornal O Globo, ela crê que jamais teria sido julgada caso o grito fosse de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Fiquei surpresa (com a repercussão). Mostra bem o lugar em que a gente está, neste momento do país. Tenho certeza de que se eu tivesse gritado ‘Bolsonaro, mito!’, nada teria acontecido. O Felipe Melo (jogador do Palmeiras) dedicou um gol ao presidente e não aconteceu nada. Os jogadores da seleção masculina de vôlei Maurício e Wallace fizeram o número 17 com as mãos e também não foram punidos. E eles se manifestaram no auge da campanha eleitoral”, comparou Carol.

A entrevista da jogadora após a conquista da medalha de bronze, em 20 de setembro, não teve o mesmo desfecho das manifestações citadas por ela. Em 9 de outubro, o STJD denunciou Carol Solberg ao tribunal com base em dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: o 191 — deixar de cumprir regulamento da competição, e o 258 — assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética esportiva não tipificada pelas demais regras do código.

Carol foi julgada no STJD no dia 13 de outubro, em audiência virtual, e acabou sendo advertida. De acordo com presidente da comissão, Otacílio Soares de Araújo, responsável pelo último voto, a decisão serviu como um puxão de orelha. “Se ela repetir, pode ser punida de uma forma pior”, avisou.

Soltou o verbo

A jogadora também falou sobre outros temas polêmicos na entrevista publicada pelo jornal neste domingo. Para Carol, que costuma se posicionar sobre os temas com personalidade, a contratação do atacante Robinho, pelo Santos, foi “uma irresponsabilidade”. “Cogitar o nome de uma pessoa que foi condenada por estupro para estar em campo atuando como ídolo, comemorando gol, é um desrespeito, uma violência contra as mulheres”, disparou a atleta.

A inclusão de jogadoras trans no vôlei feminino também foi abordada. Para ela, Tiffany Abreu, atleta trans que atuou na Superliga, tem que ser aceita. “Acho que ela tem que jogar. É tudo novo, eu sei, mas tem que ter inclusão. Isso é mais importante do que discutir se há vantagem. Pode ser que ela tenha sim, mas é importante ela estar ali, participando. Já sofre tanto preconceito.”

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEsportes

Você quer ficar por dentro das notícias de esportes e receber notificações em tempo real?