Campeão do Super Bowl atua como médico na luta contra a Covid-19
Laurent Duvernay-Tardif, do Kansas City Chiefs, é médico e tem trabalhado em um hospital canadense na linha de frente anti-coronavírus
atualizado
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Acostumado com a rotina de jogos e treinos, Laurent Duvernay-Tardif, jogador do Kansas City Chiefs, mudou de uniforme. Saíram capacete, protetores de ombro e chuteiras. Agora, o camisa 76 se acostumou com roupas privativas, máscaras e luvas. Formado em medicina, o jogador atua na linha de frente no combate ao novo coronavírus.
Campeão do Super Bowl com o Kansas City Chiefs, Duvernay-Tardif, trabalha em um hospital em Montreal, lugar onde ele nasceu. Em um depoimento à Sports Illustrated, o defensor mostrou que, antes da pandemia se espalhar, ele demonstrava alguma familiaridade com o coronavírus. Ele, inclusive, chegou a ser perguntado por repórteres sobre a enfermidade antes do Super Bowl, disputado em fevereiro.
“Meu primeiro dia de volta ao hospital foi em 24 de abril. Eu estava nervoso na noite anterior, como antes de um jogo. Empacotei as minhas coisas de forma organizada: roupas privativas, jaleco, canetas extras. Até mesmo um par de sapatos adicional para eu deixar no armário, caso ele estivesse limpo”, detalhou à publicação norte-americana.
A mudança abrupta de rumos na vida causou, naturalmente, certa curiosidade sobre o jogador. No hospital, localizado a pouco mais de uma hora de distância de Montreal, perguntas sobre a função de Duvernay-Tardif se tornaram corriqueiras.
“Me perguntavam se eu era ‘o jogador de futebol americano’. Quando o ‘sim’ saía, me diziam ‘cara, você acabou de ganhar o Super Bowl'”, revelou Duvernay-Tardif.
Ainda no relato, Laurent Duvernay-Tardif afirmou que faz parte do comitê de jogadores da NFL que estão estudando quando e como retornar às atividades. Segundo ele, múltiplos fatores serão levados em consideração. Desde viagens até treinos serão analisados para saber a melhor forma e data de retomar os trabalhos do futebol americano.
“É cedo demais para dizer quando os esportes voltarão. Ou como as coisas estarão. O que eu posso dizer é que, caso não possamos jogar em setembro, sabendo das implicações de que cada modalidade significa para o país e quanto dinheiro move nessa enorme indústria, haverá problemas maiores do que não jogar futebol americano”, destacou.