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Campeão olímpico russo é coagido a ir a guerra em troca de liberdade

Andrey Perlov, campeão nas Olimpíadas de Barcelona em 1992, foi acusado de desviar fortuna. Caso aceite ir para a guerra, será absolvido

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1 de 1 Imagem colorida de Andrey Perlov, campeão - Metrópoles - Foto: Mike Powell/Allsport/Getty Images

O ex-atleta Andrey Perlov, campeão na marcha atlética de 50 km nas Olimpíadas de Barcelona em 1992, tem sido pressionado a se juntar ao exército russo na guerra contra a Ucrânia. O ex-atleta, que atualmente tem 62 anos, foi preso em março deste ano em sua casa, perto de Novosibirsk, na Sibéria, sob a acusação de desviar por volta de 3 milhões de rublos (cerca de R$ 178 mil na cotação atual) de um clube de futebol do qual era diretor administrativo.

Segundo informações da BBC, Perlov e sua família negam as irregularidades relacionadas ao clube. Os parentes afirmam que ele tem sido forçado a aceitar o alistamento em troca do “congelamento” do caso de peculato, que poderia ser “potencialmente arquivado” após o conflito.

Moscou já havia utilizado o alistamento de criminosos condenados para aumentar as fileiras no front contra Kiev. Recentemente, essa estratégia foi estendida a pessoas que ainda aguardam julgamento no país, confirmou a BBC. Uma legislação aprovada em março deste ano tornou obrigatório que a acusação e os advogados de defesa informem aos réus sobre a “opção” de ir à guerra em vez de enfrentar o tribunal.

Se Perlov optar por ir à guerra contra a Ucrânia, o processo e quaisquer investigações são interrompidos, sendo encerrados ao final da contribuição militar.

A diretora da ONG de assistência jurídica Rússia Atrás das Grades afirma que o caso simboliza o inverso do sistema de aplicação da lei da Rússia. “A polícia agora pode prender um homem sobre o cadáver de alguém que ele acabou de matar. Eles apertam as algemas e, em seguida, o assassino diz: ‘Oh, espere, eu quero ir para uma operação militar especial’, e eles encerram o caso criminal”, diz Olga Romanova.

Três advogados que atuam na Rússia confirmaram à rede britânica que a opção se tornou a norma no país.

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