Cambistas vendem ingressos para final da Copa América por R$ 2 mil
A venda por valor maior ao estampado no bilhete é crime e pode levar à reclusão de 1 a 2 anos e multa
atualizado
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A classificação da Seleção Brasileira para a final da Copa América aumentou a busca por ingressos para a decisão no Maracanã. Grupos no Facebook dedicados a compra e venda de bilhetes de qualquer tipo de evento passaram a receber dezenas de postagens referentes ao jogo. Há ingressos anunciados por mais de R$ 2 mil.
No site oficial da Copa América, não há mais bilhetes disponíveis. Os preços variavam de R$ 130 (meia-entrada da categoria 4) a R$ 890 (inteira da categoria 1). A venda por valor maior ao estampado no ingresso é crime e pode levar à reclusão de 1 a 2 anos e multa, de acordo com o Artigo 41-F do Estatuto do Torcedor.
O Comitê Organizador Local (COL) criou diversas medidas de segurança na compra e retirada de ingressos para evitar o cambismo. Porém, não há fiscalização nas catracas dos estádios. Questionado pelo Estadão sobre a venda ilegal pela internet, o COL se manifestou através de nota.
“O Comitê Organizador Local da Conmebol Copa América Brasil 2019 limitou o número de ingressos por CPF para até cinco por partida e, no máximo, sete jogos. Há um procedimento tanto no ato da compra quanto no ato da retirada. Para sair com as entradas adquiridas, o comprador precisa comprovar, apresentando documento válido com foto, além do cartão de crédito usado na compra. O Comitê reforça que o único canal oficial de compras é o CopaAmerica.com. Além do site do torneio, há também a opção de compra nos Centros de Ingressos de cada cidade-sede.”
A Seleção Brasileira enfrentará o Peru na final marcada para domingo (07/07/2019), às 17 horas, no Maracanã.
Polícia age
Cambistas foram vistos vendendo ingressos perto dos estádios durante as partidas da Copa América. A polícia apreendeu infratores e bilhetes falsos, principalmente nos jogos envolvendo a Seleção Brasileira.
“Brasil x Peru foi o jogo em que apreendemos a maior quantidade de ingressos falsos. Uma equipe da perícia da Polícia Científica trabalhou no estádio para fazer a certificação dos ingressos. Conseguimos prender algumas pessoas e vários ingressos falsos. Encaminhamos para análise. De alguns, a falsidade é constatada facilmente, a olho nu, mas outros precisam de perícia”, disse César Saad, delegado de polícia responsável pela segurança da Copa América em São Paulo.
A polícia fez cercos nos arredores dos estádios em dia de jogos. Só passava a barreira quem apresentasse ingresso. A medida evitou tumulto perto dos portões de entrada e fez com que os cambistas tivessem de atuar longe das arenas.