Bronze no Grand Slam, Rafaela Silva comemora: “Bom para a confiança”
Campeã olímpica e mundial, judoca foi derrotada na semifinal por Ketelyn Nascimento, que ficou com a prata na competição
atualizado
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Rafaela Silva está em paz. Na primeira grande competição internacional após ser flagrada em um exame antidoping com a substância Fenoterol, a judoca participou do Grand Slam de judô e não decepcionou. Depois de ser derrotada por Ketelyn Nascimento na semifinal em Brasília, a carioca se recuperou e, na disputa de 3º lugar, bateu a portuguesa Telma Monteiro e garantiu uma das quatro medalhas de bronze do Brasil até o momento na competição.
Após a conquista, que só veio depois de uma combate truncado com a judoca de Portugal, a brasileira, campeã olímpica e mundial, vibrou muito e recebeu o carinho da torcida, posou para selfies e distribuiu autógrafos antes mesmo de deixar a área de competição.
Na zona mista, a lutadora não escondeu que gostaria de ter alcançado a final, mas reconheceu a boa atuação da algoz Ketelyn Nascimento e afirmou que ainda participará de mais competições importantes em 2019.
“Eu tinha comentado com a Tamires (Crude), minha parceira de treinos no meu clube que a competição não estava tão cheia, mas que a qualidade estava bem alta. Meu treinador, Geraldo Bernardes, fala que o importante é estar entre as melhores. Consegui subir no pódio mais uma vez e isso é o importante”, frisou.
Para Rafaela, o terceiro lugar não é exatamente o lugar que ela esperava ocupar ao final da participação na competição, mas a medalha de bronze também pode ser vista também pelo lado positivo.
“É bom ver que a nova geração está evoluindo, crescendo. Um tropeço como esse serve como alerta para a gente treinar mais, se dedicar mais. Estou feliz com o meu desempenho, mas é claro que eu gostaria de estar na final. A gente aprende com os erros e acertos e eu também acho que ganhar sempre também atrapalha”, opinou.
Doping
Perguntada sobre a participação em uma grande competição internacional após o flagrante com Fenoterol, Rafaela Silva garantiu que o período em que precisa se concentrar com treinos, lutas e a defesa no caso que pode tirá-la de Tóquio não influenciou no resultado do Grand Slam.
“Não me atrapalhou em nada. Acho que eu fiz o que eu tinha que fazer, que foi convocar a coletiva. Não adianta nada eu ficar quebrando a cabeça com isso, até porque eu não entendo nada mesmo. Melhor deixar que me advogado cuide da minha defesa”, sentenciou.
A judoca ainda participará de três competições importantes em 2019. A primeira delas, já neste mês, será na China, quando a carioca representará o Brasil nos Jogos Mundiais Militares. Ela ainda estará presente em mais uma etapa do Grand Slam e, por fim, o Masters, que reúne os melhores judocas do ano, também na China.