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Brasilienses buscam superar ‘limbo’ da CBG para irem ao Mundial de ginástica acrobática

Atletas fazem parte da seleção brasileira, mas não contam com repasse da entidade por não estarem nos jogos olímpicos. Torneio será na China, em março

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Quando a ginástica é retratada no cenário nacional, apenas duas das cinco modalidades esportivas são destacadas: ginástica artística e ginástica rítmica. As três demais tem um foco irrisório pela própria confederação. Destas, somente a ginástica de trampolim, que faz parte do ciclo, recebe um pífio investimento da Confederação Brasileira de Ginástica.

As demais são meramente largadas pela entidade. Em uma delas, está a ginástica acrobática, que tem Brasília como seu polo de treinamento e base da seleção brasileira, que disputará em 2016, na China, a Copa do Mundo da modalidade. O evento acontecerá entre os dia 23 de março a 3 de abril.

Com passagens, alimentação, traslado, hospedagem, cada atleta tem que arcar com R$ 13 mil

Karla Arns, mãe de uma das atletas
Michael Melo/Metrópoles
Atletas fazem apresentações diárias no Gilberto Salomão *Michael Melo/Metrópoles**

Como o apoio da entidade é nulo, as atletas brasilienses buscam formas distintas para conseguir a verba completa para arcarem com a viagem. Há dez dias, as atletas fazem apresentações na praça de alimentação do Gilberto Salomão para arrecadar o necessário para arcar com a viagem para a China. Farão isso até o dia 9 de janeiro, um dia antes do início dos treinamentos para o mundial

Patrocínio
Deste valor, as atletas precisam arcar com R$ 5 mil antecipado para pagar uma parcela das passagens e a inscrição no torneio. Sim: mesmo sendo obrigadas a usas o uniforme da seleção brasileira com o patrocínio da Caixa, a CBG não ajuda com nada.

Desde 2006, a Caixa Econômica Federal investiu R$ 59 milhões na Confederação Brasileira de Ginástica, sendo R$ 9 milhões somente neste ano. Entretanto, por conta dos Jogos Olímpicos do Rio, as modalidades que não fazem parte do evento estão em um ‘limbo’, sem qualquer repasse. Tudo por decisão do Comitê Olímpico Brasileiro. Por isso, as atletas vivem no modelo ‘paitrocínio’ e com incentivo de doações.

Novata
A modalidade também é novata no próprio cenário internacional. Os principais precursoras são os europeus, que levam o esporte a sério. As acrobacias contam com estilo circense, em vários níveis de dificuldade, que ampliam as notas durante as provas – assim como uma boa execução e um bom padrão artístico.

Dentre as mais experientes da seleção brasileira está Andressa Tolentino, de 18 anos. Moradora da Estrutural, ela esteve presente nos Mundiais nos Estados Unidos e na França, além de um torneio internacional na Holanda. “Se não fosse pelo esporte, não conheceria esses lugares. Ainda estamos a anos-luz das europeias, mas a cada competição estamos evoluindo mais e mais”, destacou.

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