Brasiliense conta como foi se preparar para luta no UFC em meio à Covid-19
Vicente Luque enfrentará Niko Price em uma das lutas do UFC 249. Ele conta que teve de fazer adaptações no treino por causa da pandemia
atualizado
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Brasília terá um representante no UFC 249. O card, que será disputado em Jacksonville, no estado norte-americano da Flórida neste sábado (08/05), será o primeiro grande evento da organização em meio à pandemia do novo coronavírus. Vicente Luque subirá no octógono para enfrentar Niko Price, que já foi superado pelo brasiliense em 2017. Em conversa com o Metrópoles, o “Assassino Silencioso” deu detalhes de como foi a preparação para o combate mesmo com as medidas de distanciamento social.
Originalmente, o evento estava marcado para Nova York. O UFC, contudo, precisou levar o card para Jacksonville, uma vez que a Big Apple enfrenta graves problemas por causa da pandemia da Covid-19. A atração, entretanto, será realizada com portões fechados, ou seja, sem a presença de público.
Luque ressaltou diferenças nos treinos. O camp foi feito praticamente todo em Brasília, com exercícios em casa e na rua onde mora. Desta forma, a preparação física foi a maior preocupação do brasiliense.
“Com certeza foi um camp bem diferente. Tive que fazer várias adaptações. Fiz muita corrida na rua, muito tiro, pra manter o gás. Conversei com os meus treinadores que a parte técnica consegue se manter por mais tempo. Meu preparador físico me ligava, me passava os treinos e a gente fazia juntos. De 100%, que seria o meu melhor preparo físico, estou bem próximo dos 90%. Acredito que eu vá chegar para a luta muito bem preparado”, explicou.
Luta sem público
No último mês de março, Brasília recebeu o primeiro card da história do UFC a ser realizado com portões fechados. Vicente Luque participou do camp de Gilbert Burns, o Durinho, que bateu Demian Maia no co-evento principal da noite. No sábado, será a vez do brasiliense lutar para uma arena completamente sem torcedores. Para ele, entretanto, essa não será uma preocupação quando subir no octógono mais famoso do planeta.
“É uma situação bem diferente. Estou acostumado a sempre ter o público lá, a favor ou contra. E eu gosto disso. Não ter a torcida vai ser um pouco decepcionante, mas já estou mentalizando isso, pensando como vai ser lutar sem público. O segredo é ir lá e fazer o que a gente faz de melhor. Vai ser bem parecido com um treino”, sentenciou.
Sobre o adversário, Luque sabe que tem de estar atento o tempo todo durante a luta. Apesar do cartel irregular dentro do UFC, Price venceu todas as lutas na organização por finalização ou nocaute.
“Ele é um cara sobretudo perigoso. Eu não posso baixar a guarda em momento algum. Não posso relaxar hora nenhuma, mesmo que a luta esteja favorável ou não. Preciso estar ligado. Vejo que ele conseguiu várias vitórias quando o adversário baixou a guarda ou relaxou por um segundo”, concluiu.