metropoles.com

John Textor pede teto salarial no Brasileirão ou “Bahia vai ganhar 17”

De acordo com Textor, dono da SAF do Botafogo, a falta de teto de gastos beneficia só o Bahia, que tem o futebol controlado pelo Grupo City

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Wagner Meier/Getty Images
John Textor, dono da SAF do Botafogo
1 de 1 John Textor, dono da SAF do Botafogo - Foto: Wagner Meier/Getty Images

O Botafogo encara nesta quarta (17/7) o Palmeiras, em duelo direto pela liderança do Campeonato Brasileiro. Mas antes do confronto, John Textor abriu o jogo sobre o que pensa a respeito da aplicação de um Fair Play financeiro no Brasil.

Em entrevista ao GE, o dono da SAF do Botafogo, John Textor, pediu um teto salarial para os clubes brasileiros. Ele se mostrou preocupado com a chegada de empresas, como o Grupo City, que controla o futebol do Bahia, ao Brasil. Textor ainda enviou um recado, citando nominalmente Corinthians, Palmeiras e Flamengo.

“Se não fizermos alguma coisa sobre o Fair Play financeiro aqui, deveria ser um teto salarial, porque não tem os problemas que a Europa tem com teto salarial. Seria um limite contido internamente. Você não poderia gastar mais do que essa quantidade de dinheiro e garantiria que o fluxo ajudasse os jogadores ao longo de todos os níveis. É possível fazer isso de forma bem saudável […] Esse é meu aviso para Corinthians, Palmeiras, Flamengo… Se não fizermos algo, vamos acordar daqui a 70 anos, sob a atual estrutura administrativa, com as pessoas que estão aqui hoje, o Bahia vai ganhar o Campeonato Brasileiro em 17 de cada 20 anos”, disse o americano.

Textor ainda lembrou o caso do PSG, que é financiado pelos petrodólares do Catar. De acordo com o dirigente, que também é dono de parte do Lyon, é difícil competir com o dinheiro do Oriente Médio.

“Nós temos que competir contra o Catar na França. Estou disputando com um país, não com um dono. Um modelo de gasto desenfreado, sem restrições desde que eles consigam gerar receita suficiente, e eles conseguem devido às relações com o Catar e com os patrocínios. Então conseguem colocar as receitas exatamente eles precisam para gastar o que querem porque desejam ganhar a Uefa Champions League”, declarou o empresário.

O dono da SAF do fez um comparativo sobre o que acontece na França para o que pode acontecer no Brasil.

“Tenho que competir com isso enquanto dono de um dos grandes clubes da França, que foi campeão nacional sete vezes seguidas entre 2000 e 2008. Agora, aquele clube, o grande Lyon, não consegue competir por nada além do segundo lugar. Nós vamos dar o nosso melhor, espero que tenham um ano ruim. Mas tudo que precisam fazer é colocar a mão no bolso, soltar um pouco de dinheiro do petróleo e eu já era”, afirmou Textor.

Além de Botafogo e Lyon, John Textor possui participação em outros clubes, como Crystal Palace, da Inglaterra e RWD Molenbeek, da Bélgica.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEsportes

Você quer ficar por dentro das notícias de esportes e receber notificações em tempo real?