Beth Gomes busca mais um ouro e recordes nas Paralimpíadas Paris 2024
Após quebrar duas vezes o recorde mundial no lançamento de disco, em Tóquio, Beth quer buscar mais uma medalha de ouro
atualizado
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Beth Gomes irá participar da sua terceira paralimpíada, mas traz uma curiosidade no currículo: participou por duas modalidades diferentes. Tudo começou em 2008, quando atuava com a seleção brasileira feminina de basquete em cadeira de rodas, nas Paralimpíadas Pequim 2008.
Depois teve um grande ano em Tóquio 2020, com a quebra do recorde mundial, que já era dela, por duas vezes, aos 56 anos de idade, e conquistou o ouro na classe F53 (atletas que fazem o lançamento de uma cadeira de rodas, sentados).
Beth nasceu em Santos e sempre teve o esporte na sua vida. Trabalhava como guarda civil e era jogadora de vôlei na cidade, até que aos 27 anos, em 1993, foi diagnosticada com esclerose múltipla. Tudo começou no seu trabalho, ao sofrer uma queda, quebrar a tíbia e precisar de cirurgia. Ela fez o tratamento, se recuperou, mas não pôde mais jogar vôlei.
A notícia trouxe uma depressão profunda. No começo, usava apenas muletas para andar, mas com o avanço da doença, perdeu os movimentos da perna. Com apoio de um parente, ela procurou o Conselho Municipal do Deficiente da cidade de Santos, onde começou a praticar o basquete em cadeira de rodas.
Ela conheceu o atletismo paralímpico, e mudou de modalidade. Em 2010, definiu que ficaria somente com o atletismo de campo, e se especializou no arremesso de peso e de disco. Em 2019, bateu o recorde mundial do lançamento de disco, e conquistou o ouro nos jogos Parapan-Americanos no mesmo ano.
Em Tóquio 2020, além de conquistar a medalha de ouro, também foi eleita o grande destaque da delegação brasileira, pelo feito ser conquistado aos 56 anos e pelas duas quebras de recorde mundial. Agora, ela busca mais uma medalha de ouro nas Paralimpíadas Paris 2024, para seguir em busca de fazer história no paraatletismo brasileiro.