Técnico do Brasília vê playoffs como grande meta para 2020
Ricardo Oliveira vê a 13ª colocação como aquém do esperado para o time, que, neste momento, não avançaria à segunda fase do NBB 12
atualizado
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A derrota diante do Minas Tênis Clube no último domingo (29/12/2019) marcou o fim de um 2019 de altos e baixos para o Brasília. Afinal, o time iniciou a disputa do NBB 12 apontado como candidato à lanterna da competição ao final da primeira fase. As três vitórias nas quatro primeiras partidas do torneio, porém, mostraram que o único representante do DF tinha condições de desempenhar um papel melhor que os prognósticos iniciais.
A equipe, porém, passou a sofrer com problemas extra-quadra. Um imbróglio judicial envolvendo um dos patrocinadores do time tornou conturbado o ambiente no Ginásio da Asceb. Aliado a isso, o elenco comandado por Ricardo Oliveira passou a sofrer com as longas viagens para enfrentar os adversários. No duelo contra o Basquete Cearense, por exemplo, o trajeto entre Brasília e Fortaleza, que poderia levar pouco mais de duas horas em um voo direto, alcançou a impressionante marca de 14h, entre voos e conexões. Assim, a equipe terminou o primeiro turno com campanha de cinco vitórias em 15 jogos, na 13ª colocação do NBB.
“Pessoalmente, assumi o time sem uma pré-temporada. Agora, ao final do primeiro turno, é que estou pegando o jeito da equipe. Nosso objetivo é se classificar para os playoffs”, sentencia o técnico Ricardo Oliveira. Ex-auxiliar-técnico do Brasília, ele assumiu o comando após a demissão de André Germano, dispensado poucos dias antes do início da competição.
Se na temporada 2018/2019 o time brasiliense iniciou a temporada com três atletas estrangeiros (o ala/armador Zach Graham, o ala/pivô Ricky Sánchez e o pivô Windi Graterol), para esta edição do NBB, a realidade é diferente. A equipe passou por uma redução orçamentária e, a exemplo do Mogi das Cruzes, não conta com atletas “importados” no plantel. Com apenas 12 jogadores na rotação, e sem contar com o ala/armador Pedro Mendonça, que se recupera de uma artroscopia no joelho, o Brasília vive um drama, especialmente em relação à recuperação dos atletas entre as partidas.
“A gente acaba sentindo muito mais as viagens. Com elas, a gente precisa dosar o ritmo para poder chegarmos saudáveis ao final da temporada. Não podemos correr o risco de perdermos jogadores por lesão. Temos um elenco curto e ainda tivemos a baixa do Pedro Mendonça, que é um jogador muito inteligente em quadra. Mesmo assim, ficamos fora do G12 por detalhes”, lamenta. Neste momento, brasilienses e o Bauru dividem a mesma campanha. Os paulistas, porém, levam a melhor no confronto direto e, por isso, ocupam a 12ª colocação. No NBB, os 12 melhores classificados avançam à fase de playoffs da competição.
Olho no futuro
Com um time mais bem estruturado e nove jogos como mandante pela frente, o Brasília vai encarar as partidas em casa como finais de campeonato. No dia 13 de janeiro, o time recebe o Pato Basquete, em uma partida fundamental para as pretensões da equipe em avançar para a fase de mata-mata da competição.
“Todos os times do NBB se reforçaram, enquanto o nosso se manteve o mesmo. No começo do campeonato, nós conseguimos surpreender os adversários com a nossa intensidade, mas depois de quatro jogos e com as viagens, nosso jogo passou a ser bem marcado pelas outras equipes. Não será fácil, mas caso a gente se classifique para os playoffs, eu prometo uma outra alma para o plantel”, sentencia.
Além dos nove jogos em casa, o Brasília fará um décimo duelo na capital federal. Isso porque, por conta do contrato com o BRB, o Flamengo mandará o duelo diante do time brasiliense no Ginásio da Asceb. Os dois times, que fizeram as finais das duas primeiras edições do NBB, se enfrentam no dia 24 de janeiro. O Rubro-Negro ainda terá outro compromisso na cidade, sete dias depois, quando recebe o Minas Tênis Clube, também no Ginásio da Asceb.