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Suns precisam mostrar para Booker que estão comprometidos com o processo

Em cinco anos de carreira, jovem estrela de Phoenix teve que lidar com trocas de técnico, decisões erradas e muita instabilidade

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Christian Petersen/Getty Images
Indiana Pacers v Phoenix Suns
1 de 1 Indiana Pacers v Phoenix Suns - Foto: Christian Petersen/Getty Images

Devin Booker é um grande apreciador de atividades que envolvem repetição e tempo para desenvolver grandes habilidades. O armador de 23 anos do Phoenix Suns está aprendendo a tocar piano, tem um plano de cinco anos para aprender e ficar bom no idioma espanhol e é considerado um dos melhores, senão o melhor, gamer da NBA.

“Honestamente, como em qualquer atividade, você tem que se dedicar. Eu já passei muitas e muitas noites em claro jogando Call of Duty e foi assim que eu desenvolvi minha coordenação motora. Eu falei para as pessoas durante o campeonato de 2k que eu nunca joguei muito 2k, mas envolve muita coordenação, timing e conhecimento dos movimentos básicos. É tudo muito tático. Eu gosto de video games por que é a minha forma de me manter competitivo fora das quadras”, explicou Booker, em entrevista para o site Uproxx.

Talvez essa mentalidade ajude explicar como um jogador escolhido na posição 13 do draft tenha se desenvolvido em um All-Star e no rosto de uma franquia. E talvez ajude a compreender também a sua paciência com um time que não tem lhe exatamente ajudado a desenvolver todo o seu potencial.

Em cinco anos de carreira, Booker teve cinco técnicos diferentes, viu o Suns deixar de recrutar Luka Doncic e Trae Young, e os nomes escolhidos por Phoenix em posições altas — Dragan Bender, Marquese Criss, Alex Len, Josh Jackson –, tiveram retornos abaixo do esperado.

Apesar de toda a instabilidade da franquia, Booker continua pregando a importância do processo e seu desejo de melhorar a cada dia. Pelo menos na atual temporada, o Suns dá sinais de que está na mesma página que o seu melhor jogador.

Com o técnico Monty Williams e o experiente armador Ricky Rubio, Phoenix virou um time em constante movimento. Tem a melhor média de assistências da NBA nesta temporada (27.2) e, em termos de eficiência ofensiva, pulou da 28ª posição na disputa passada para a 16ª na atual. Além disso, a chegada de Aaron Baynes e as contribuições de Kelly Oubre Jr. e Dario Saric ajudaram a aproximar o elenco dos Suns de algo mais próximo do respeitável. Se DeAndre Ayton se transformar na força ofensiva esperada de um pivô escolhido na posição 1 e o próprio Booker se tornar um defensor melhor, a franquia do Arizona pode ter algo interessante nas mãos.

Que isso se torne realidade, para o bem do futuro de Phoenix. porque, é sempre importante lembrar: por mais que a jornada seja interessante, a NBA está no negócio de vitórias, playoffs e títulos, e todo processo, eventualmente, precisa de resultados, algo que o Phoenix Suns, na era do dono Robert Sarver e do gerente-geral James Jones, ainda não conseguiu demonstrar. E caso não consigam, não faltaram times querendo colher os frutos do processo pregado por Booker.

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