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Sobraram quatro: como o Atlanta Hawks construiu o time finalista de Conferência

Após ser criticada pela escolha de Trae Young no draft de 2018, franquia não demorou para colher os frutos da decisão

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Todd Kirkland/Getty Images
Atlanta Hawks Trae Young
1 de 1 Atlanta Hawks Trae Young - Foto: Todd Kirkland/Getty Images

Ao lado de Phoenix Suns e Sacramento Kings, o Atlanta Hawks é uma das franquias que para sempre será conhecida por ter desperdiçado a chance de contar com Luka Doncic. Com a terceira escolha do draft de 2018, a equipe do sul resolveu trocar os direitos do esloveno com o Dallas Mavericks, elegendo o armador Trae Young como seu franchise player para o futuro.

Doncic, imediatamente, apresentou um nível altíssimo de produção, fazendo todo o universo que acompanha a NBA se questionar sobre o que Suns, Kings e Hawks estavam pensando para deixar o “Tesouro” escapar. Três anos depois, no entanto, Doncic e os Mavericks foram eliminados dos playoffs na primeira rodada pela segunda temporada consecutiva, enquanto Young lidera o Atlanta Hawks para sua primeira final de conferência desde 2014-15.

A alta escolha que resultou na seleção de Trae Young é produto de uma receita conhecida na NBA: um time sólido que fez campanhas belíssimas durante a temporada regular, mas que nunca foi considerado um candidato real ao título, foi desmanchado e partiu para uma reconstrução.

Ao contrário do que acontece com grande parte das franquias da NBA, que vivem um processo de reconstrução demorado, tortuoso e sem data para acabar — o Philadelphia 76ers, por exemplo, eliminado pelo Atlanta Hawks, durante anos colocou propositalmente o pior time possível em quadra para montar um time ao redor de Joel Embiid e Ben Simmons e ainda não conseguiu passar da segunda rodada –, a diretoria dos Hawks acreditou no potencial de Trae Young e fez de tudo para acelerar e maximizar a janela competitiva da equipe, por meio de trocas e contratações pontuais e escolhas de draft acertadas.

No mesmo draft em que Trae Young foi escolhido, o Atlanta Hawks também levou Kevin Huerter, na 19ª escolha. No jogo 7, que classificou a franquia da Georgia para as Finais de Conferência, Huerter marcou 27 pontos, acertando 10 de 18 chutes de quadra.

Também na escolha 19, só que do draft de 2017, o Hawks havia selecionado o ala-pivô John Collins, que também teve um papel fundamental em dificultar a vida de caras como Julius Randle e Joel Embiid.

Com o trio de jovens e alguns veteranos, como Vince Carter e Kent Bazemore, o time, claramente em transição, registrou um recorde de 29-53 na temporada 2018-19, ficando com a quarta escolha do draft seguinte, usada para escolher De’Andre Hunter (e Cam Reddish na 10º). Na mesma temporada em que o quarteto Young, Huerter, Collins e Hunter foi formado, a diretoria agiu para fortalecer o garrafão, participando de uma mega-troca, envolvendo quatro times, para trazer o reboteiro e defensor Clint Capela para Atlanta.

Jovem e em uma temporada prejudicada pela Covid-19, o Hawks, treinado por Lloyd Pierce, terminou com apenas 20 vitórias e em 14º na Conferência Leste. Apesar de alguns flashes de seus jovens talentos, Atlanta foi para a off-season com mais perguntas do que respostas, parecendo ainda longe de ter um time competitivo. O gerente-geral Travis Schlenk, no entanto, continuou trabalhando…

Adicionando experiência e espaçamento ao jovem elenco, Danilo Gallinari reforçou a equipe. Junto a ele, chegou também Bogdan Bogdanovic, após o Sacramento Kings ter optado por não igualar a oferta do Hawks, de US$ 72 milhões por quatro anos. Para completar o pacotão de reforços, Rajon Rondo, recém-campeão com os Lakers.

Apesar de um elenco renovado, que contava com jovens talentos e cujas principais deficiências haviam sido, aparentemente, consertadas na off-season, o Hawks sofreu com lesões e começou a temporada atual com um decepcionante recorde de 14 vitórias e 20 derrotas, levando à demissão de Lloyd Pierce. O assistente Nate McMillan assumiu a equipe e, a partir daí, a temporada de Atlanta foi salva. Ele registrou um recorde de 27 vitórias e 11 derrotas, classificando a equipe em 5º lugar no Leste.

Antes dos playoffs começarem, no entanto, o Hawks mexeram no tabuleiro uma última vez, trocando Rajon Rondo para o Los Angeles Clippers, e recebendo de volta o herói local, Lou Williams.

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