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Pinheiros nega injúria racial contra atleta do basquete sub-13

O comportamento violento da torcida, do técnico do Palmeiras e de alguns jogadores também foi relatado na súmula em diversos momentos

atualizado

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Glaucy Caldeira
Palmeiras basquete
1 de 1 Palmeiras basquete - Foto: Glaucy Caldeira

A diretoria do Pinheiros se posicionou nesta quarta-feira (21/9) à noite sobre o incidente ocorrido na partida com o Palmeiras, válida pelo Campeonato Paulista Sub-13 masculino de basquete. Em nota, o clube afirmou inicialmente que “não admite e repudia veementemente em seus ambientes qualquer ato discriminatório ou tipo de violência”, mas negou que qualquer atleta da equipe rival tenha sido alvo de injúria racial, como informou o alviverde ao Estadão.

O Pinheiros informa que, segundo apurado até o momento, a suposta fala da torcedora (“animal”) foi referente à intensidade, à força e à violência na segunda falta antidesportiva cometida pelo atleta do Palmeiras, que culminou com a sua imediata expulsão do jogo. O atleta do Pinheiros, segundo o clube, desmaiou em razão da violência da falta recebida e precisou de atendimento médico urgente.

O esclarecimento cita ainda o documento oficial da partida. “A súmula mostra que havia um contexto muito hostil, com torcedores da equipe adversária sendo convidados a se retirar do local por causa de ofensas e hostilidades”, escreveu. “O treinador do Palmeiras (Gustavo Rocha) foi expulso pela prática de diversas ofensas e pelo seu comportamento agressivo”, completou.

Na súmula do jogo, que foi anexada pelo Pinheiros na nota oficial, o árbitro Jorge Luis Ventura escreveu que o auxiliar do Palmeiras, Willians Ribeiro, que ocupava o lugar de Gustavo Rocha no banco após ele ser expulso, avisou que não iria continuar na partida porque um dos atletas havia sido alvo de “falas racistas” e chamado de animal. Representante da FPB, Patrícia Regina Patrício dos Santos também colocou em seu relatório o ocorrido, citando que o Palmeiras informou que o seu jogador havia sido alvo de falas racistas.

O comportamento violento da torcida, do técnico do Palmeiras e de alguns jogadores também foi relatado na súmula em diversos momentos do confronto de domingo. Por fim, o Pinheiros reitera seu repúdio a quaisquer atos violentos e antidesportivos.

Leia a nota na íntegra. 

Entenda o caso

No último domingo (18/9), no Pinheiros, a comissão técnica do Palmeiras decidiu abandonar o jogo alegando que um jogador foi alvo de injúria racial. A identidade não foi revelada para proteger a integridade do adolescente, que tem apenas 12 anos e deixou a quadra chorando após o episódio.

Luiz Bejczy, diretor de basquete do Palmeiras, afirmou na terça-feira (20/9) que o departamento jurídico alviverde irá notificar o Pinheiros. De acordo com o dirigente, esta não é a primeira vez que jogadores palmeirenses são alvos de comentários racistas em jogos oficiais, o que serviu de motivo para o treinador Gustavo Rocha retirar o time de quadra.

O Palmeiras entrou em contato com a Federação Paulista de Basquete para pedir providências em relação ao caso. Ainda não há uma data para uma decisão em relação ao jogo, que foi suspenso por “situação grave ocorrida”. A FPB também informou que depende da sequência do processo pela acusação de injúria racial para tomar outras providências.

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