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Orlando Magic e Markelle Fultz foram feitos um para o outro

Após uma lesão misteriosa no ombro, o talentoso armador recuperou seu basquete em Orlando

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Streeter Lecka/Getty Images
Orlando Magic Markelle Fultz
1 de 1 Orlando Magic Markelle Fultz - Foto: Streeter Lecka/Getty Images

Quando a pandemia de coronavírus obrigou a NBA a suspender suas atividades, a primeira coisa que Markelle Fultz fez foi comprar uma cesta em uma loja de conveniência. O armador do Orlando Magic teve que montar o objeto peça por peça, tarefa que não foi das mais fáceis. “Eu não imaginava que seria tão difícil montar uma cesta de basquete. Mas depois que eu peguei o jeito, não olhei para trás”, declarou ele para o Orlando Sentinel.

Mesmo com uma carreira tão curta, Fultz já é um veterano em construir coisas. Seu arremesso, sua confiança, sua carreira, todos tiveram que passar por um extenuante processo de desmontagem e montagem.

Fultz foi a primeira escolha do draft de 2017. Selecionado pelo Philadelphia 76ers, o talentoso armador de Washington seria a última peça de uma árdua e controversa reconstrução conhecida como “O Processo”. Junto de Ben Simmons e Joel Embiid, Markelle levaria os Sixers de volta à briga por um título da NBA. Pelo menos esse era o plano.

Logo após ter sido recrutado por Philadelphia, uma misteriosa lesão no ombro o impediu de demonstrar em quadra o que ele podia fazer. Fultz não sabia o que estava errado. Os médicos, inicialmente, também não. A mídia começou a questionar seu comprometimento. Os fãs começaram a vaiá-lo. O jovem de apenas 20 anos foi ridicularizado, com highlights de seus piores momentos viralizando nas redes sociais. “Eu não queria acordar, ir para os treinos. Eu só queria ficar deitado, dormindo”, disse Fultz, ao Bleacher Report, sobre os seus piores dias.

 

E então veio o diagnóstico: Síndrome do Desfiladeiro Torácico. Fultz começou um longo e penoso trabalho de fisioterapia. Porém, cercado de desconfiança e sem clima em Philadelphia, o jovem armador foi trocado para Orlando.

Com expectativas mais humildes no Magic e acompanhado de perto pelo técnico Steve Clifford, pelo GM John Hammond e pelo técnico assistente Steve Hetzel, o basquete de Markelle Fultz cresceu e apareceu. Os números, apesar de não saltarem aos olhos, complementavam bem um elenco formado por jovens e veteranos que, em algum ponto de suas carreiras, tiveram que enfrentar a desconfiança de mídia e torcedores.

 

A “culpa” dessa desconfiança não deve cair só sobre os jogadores. Após a era Dwight Howard, o Orlando Magic tem feito uma reconstrução que não tem dia nem hora para acabar. Elfrid Payton, Tobias Harris, Victor Oladipo, Serge Ibaka…todos jogadores que chegaram e foram embora sem deixar grandes legados para trás.

Atualmente, com nomes como Michael Carter-Williams, DJ Augustin, Terrence Ross, Aaron Gordon e o pivô estrela Nikola Vucevic, o Magic vinha jogando bem, tendo vencido 8 dos seus últimos 12 jogos antes da suspensão da NBA e cavou o 8º lugar na Conferência Leste.

Mesmo sendo obrigado a parar no meio de um momento tão positivo da temporada, o clima em Orlando é de esperança com a retomada. A mesma esperança depositada na recuperação de Markelle Fultz quando não havia nenhuma garantia de que ele voltaria a ser um jogador funcional novamente.

Um time que tem dificuldade em reconstruir com um jogador que deu a volta por cima ao remontar diversas partes de seu jogo? Talvez, no fim das contas, Markelle Fultz tenham sido feitos um para o outro.

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