Nezinho vira top 9 do NBB aos 40 anos e quer mais: “1 aninho, né?”
Com 5 mil pontos, ele se junta a Shamell, Marquinhos, Alex Garcia, Olivinha, Guilherme Giovannoni, Marcelinho, Larry Taylor e Jefferson
atualizado
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Um dia após assumir uma vaga num seleto grupo de apenas 9 jogadores na história do NBB, Nezinho atendeu o telefone para falar com o Metrópoles. Ao chegar em casa, ainda à procura de um lugar para colocar os pertences, o ala do BRB/Brasília parecia não se dar conta do tamanho da marca atingida por ele no dia anterior: 5 mil pontos.
A chateação pelo resultado negativo diante do Cerrado Basquete ainda era evidente, mas bastou situá-lo da prateleira de ídolos do basquete nacional que ele acabara de nivelar para despertar o Nezinho em estado puro. Aquele que, aos 40 anos, se mostra incansável e sempre disposto a mais.
Assim como em quadra, o camisa 23 mostrou eficiência para enumerar o top 9 do NBB. Um a um, mas com pequenas pausas para pensar, citou Shamell, Marquinhos, Alex Garcia, Olivinha, Guilherme Giovannoni, Marcelinho, Larry Taylor e Jefferson William.
“Acertei? Cara, que turma boa. É gratificante e fico muito feliz de saber que estou no meio dessa turma aí. São boas pessoas, conheço todos dos tempos de seleção, alguns eu joguei junto, outros eu joguei contra…”, recorda Nezinho.
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Finalmente imerso num momento nostalgia e de emoção, Nezinho reconhece que tem vivido cada momento no basquete como se fosse o último. “Me vejo mais perto do fim do que do início, mas muito feliz de saber que estou no meio dessa turma aí. Estou tentando aproveitar cada momento, desde quando amarro o tênis até cada segundo de treino, para me manter bem e ajudar meus companheiros”.
Mais uma temporada?
Aos 40 anos, Nezinho sabe que a carreira em alto nível não irá muito adiante, mas faz planos. A temporada 2020/21 tem sido ruim para o BRB/Brasília, na lanterna do NBB com apenas três vitórias em 21 jogos. Até por conta disso, o armador espera esticar a vida em quadra.
“Infelizmente, a temporada não foi do jeito que era para ser, começamos com patrocinador atrasado, as coisas não aconteceram e não conseguimos os objetivos, que são sempre as conquistas, vencer, porque é focado nisso que você chega a números como esses”, reconhece.
O espírito competitivo de Nezinho o motiva a seguir por pelo menos mais uma temporada. “Quando voltei a Brasília, há três anos, minha ideia era essa. Jogar os últimos anos aqui em bom nível, deixar um legado para essa garotada mais nova que vai chegar poder usufruir de uma boa estrutura, de um ginásio legal, um time que brigue em cima. Por isso, quero ter mais um aninho, né? Poder iniciar uma temporada bem, com planejamento melhor e o time poder brigar mais em cima.”