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NBA: para o bem do Wizards, Beal e Wall terão que aprender a coexistir

Jovens estrelas de Washington têm trocado juras de amor, mas terão que demonstrar em quadra a sintonia exibida em frente aos microfones

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Bradley Beal John Wall Washington Wizards
1 de 1 Bradley Beal John Wall Washington Wizards - Foto: Elsa/Getty Images

Se você acompanha a NBA há algum tempo, provavelmente já se deparou com algum rumor de troca envolvendo o nome de Bradley Beal. Lakers, Nuggets, Nets seriam algumas das equipes mais interessadas em tirar o armador de 26 anos do Washington Wizards.

O interesse é bem justificado. Antes de a pandemia suspender as atividades da NBA, Beal vinha fazendo a sua melhor temporada individual desde que entrou na liga, há oito anos. Sua média de 30.5 pontos por jogo só perde para a de James Harden (34.4). Em fevereiro, ele se tornou o primeiro jogador desde Kobe Bryant, em 2007, a marcar mais de 50 pontos em partidas consecutivas.

Além disso, Beal está em uma franquia com um recorde de 24 vitórias e 40 derrotas, com um histórico de más decisões e cujo estado natural parece ser perpetuamente em reconstrução, com um ano ou outro de exceção. Ou seja, uma tempestade perfeita para times aspirantes ao título virem bater na porta e oferecer escolhas de draft e prospectos.

Beal, entretanto, não parece seduzido. Em entrevista para a ESPN durante a quarentena, o armador dos Wizards agradeceu o interesse, disse que o vê como um sinal de respeito, mas reafirmou seu compromisso com a franquia de Washington. “Eu criei raízes em DC. Eu me dediquei a essa cidade e a essa comunidade. Eu amo estar aqui e seria ótimo trabalhar duro e vencer aqui, ao invés de pular para outra equipe”.

As juras de amor feitas por um jogador da NBA à sua franquia devem sempre ser encaradas com uma dose saudável de desconfiança. Porém, nesse caso, o importante é que o discurso está alinhado com a outra grande variável do qual o sucesso do Washington Wizards depende: John Wall.

Em entrevista ao podcast All the Smoke, Wall reconheceu que ambos tiveram suas diferenças no passado e deixaram objetivos pessoais atrapalhar o desenvolvimento do time. Porém, o armador também disse que seus jogos se complementam e que “não existe John Wall sem Bradley Beal, e não existe Bradley Beal sem John Wall”.

O camisa 3 não ficou para trás na troca de elogios, revelando que outro motivo que o faz querer ficar em Washington é o desejo de jogar com John Wall novamente. “Eu quero ver ele retornar ao nível que eu sei que ele pode atingir, especialmente com o meu jogo tendo crescido tanto [em sua ausência]. O que nós conseguiremos conquistar juntos? Eu estou feliz que ele está saudável, ele tem trabalhado bastante”.

Wall está ausente da NBA desde dezembro de 2018, devido a cirurgias no pé esquerdo e no tendão de Aquiles. Quando retornar, na próxima temporada, os dois jovens armadores de Washington terão que se reacostumar um com o outro e provar que a sintonia demonstrada em frente aos microfones também é possível ser aplicada dentro de quadra. Porque, apesar dos rumores, Beal e Wall devem compartilhar o mesmo uniforme ainda por muitos anos.

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