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Na NBA, Nova York vive de promessas e luas-de-mel relâmpago

Após temporadas e projetos promissores, Nets e Knicks convivem com realidades duras e terão de recalibrar estratégias

atualizado

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Michelle Farsi/Getty Images
New York Knicks Kevin Durant Julius Randle
1 de 1 New York Knicks Kevin Durant Julius Randle - Foto: Michelle Farsi/Getty Images

A última vez que um time de Nova York venceu um título da NBA foi em 1973, quando os Knicks bateram o Los Angeles Lakers por 4 x 1 nas finais. Quase meio século. Desde então, a “Big Apple” teve momentos divertidos, times carismáticos e até competitivos, mas que, no fim das contas, acabavam frustrando seus torcedores.

A temporada atual é um microcosmo do que tem sido a existência de New York Knicks e Brooklyn Nets. Em 2020-21, a equipe laranja e azul terminou com um surpreendente 4º lugar na Conferência Leste, somando 41 vitórias e 31 derrotas, além de ter ficado com os prêmios individuais de Melhor Técnico (Tom Thibodeau) e Jogador que mais Evoluiu (Julius Randle). Já o time de Brooklyn montou um “Big Three” de respeito que, embora lesões tenham impedido o poderoso trio de ficar em quadra junto por muito tempo, foi o suficiente para chegar à segunda rodada dos playoffs e, não fosse pelo imenso pé de Kevin Durant, quase eliminar o atual campeão Milwaukee Bucks e ser o favorito para vencer as Finais.

Corta para 2022: o New York Knicks é o atual 12º colocado do Leste, com 24 vitórias e 28 derrotas. Seu principal jogador, Julius Randle, caiu vertiginosamente de rendimento, está em guerra com a própria torcida e, segundo o jornalista Steve Hassleford, teria pedido para ser trocado por achar que não está sendo tratado como um dos melhores jogadores da liga. O Brooklyn Nets convive com lesões, jogadores com Covid, uma estrela negacionista que não pode atuar em metade de suas partidas, seu melhor jogador está machucado e, após uma sequência de seis derrotas consecutivas, que deixou o time na decepcionante 7ª posição da conferência (29 vitórias e 23 derrotas), James Harden declarou que todos estão “cansados de conversar”.

Tais problemas, é claro, não são exclusivos das equipes da cidade. Porém, como diria o ditado, “não existe lua de mel mais rápida do que uma lua de mel novaiorquina”. Enquanto outras franquias optam por abordagens mais orgânicas em relação a seus projetos (vide o Oklahoma City Thunder), os executivos de Nova York, pressionados por torcida e imprensa, são forçados a fazer trocas mal-pensadas e oferecer contratos absurdos a atletas que não farão diferença substancial na coluna de vitórias e derrotas.

Já há rumores sobre a saída de Harden dos Nets. Nos Knicks, o fantasma dos últimos 20 anos, nos quais a folha salarial da equipe esteve refém de péssimos acordos, nunca para de assombrar o Madison Square Garden.

Projetos tão promissores podem cair por terra em um piscar de olhos aos primeiros sinais de obstáculos. A cidade que nunca dorme poderia, para variar, um pouco, respirar fundo e pensar muito bem em suas movimentações relacionadas a seus times de basquete. Podem ser definitivos.

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