Kobe Bryant: pilotos apontam falhas na condução do helicóptero

O portal americano TMZ conversou com pilotos experientes de helicóptero que analisaram o rastreador de voo da aeronave que levava o ex-jogador de basquete Kobe Bryant, sua filha Gianna Maria, e outros sete passageiros. A estrela do esporte e os demais viajantes morreram nesse domingo (26/01/2020), após acidente em Calabasas, em Los Angeles, Califórnia.

Todos os profissionais apontaram que o piloto Ara Zobayan, da Armênia, cometeu falhas cruciais na condução do helicóptero. A área onde a aeronave passava no momento do acidente estava com denso nevoeiro e Zobayan devia ter diminuído a velocidade e subido, para, assim, poder “limpar” a visão.

Porém, a análise mostrou que ele estava a 161 nós (quase 300 km/h), quando devia estar a quase 24 km/h para poder evitar qualquer choque com o terreno. Além disso, notou-se que o armênio estava a 1.250 pés no momento em que se assustou com algo e subiu rapidamente para 2 mil pés, na tentativa de desviar. Os relatos apontam que Ara Zobayan estava tão baixo que não deve ter visto o topo da montanha, onde houve o choque.

Devido à neblina, o piloto teria ficado cerca de 15 minutos voando em círculos para esperar diminuir a densidade. Após ser liberado pela torre para seguir para o Norte, em direção a Thousand Oaks, destino final de Kobe e a filha, o helicóptero chegou à região de Calabasas e a neblina ficou mais densa.

Quando o piloto achou que estava mais tranquilo para seguir, tendo se livrado de todas as montanhas, foi quando bateu em outra. De acordo com eles, Zobayan claramente não sabia que havia montanhas à frente, pois desceu de 2 mil pés para 1.700 na intenção de ficar abaixo da neblina.

O TMZ disse ter sido informado que o piloto armênio era extremamente experiente em voar naquela região e ainda era instrutor de voo. Além disso, sabe-se que o helicóptero era sofisticado e tinha sinal de alerta de altitude, mas devido à velocidade da aeronave, 300 km/h, foi impossível desviar a tempo.